Agravos agudos de saúde de prematuros moderados e tardios no primeiro mês de vida
Resumo
A Idade Gestacional ao nascer é fator interveniente no desenvolvimento de agravos a saúde,
principalmente no período neonatal. O nascimento de um Prematuro com idade gestacional de 32 a 37
semanas incompletas, pode não implicar em complicações de saúde imediatas, contudo, pouco se sabe
sobre o desenvolvimento de agravos a saúde durante os primeiros 28 dias de vida dessa população.
Dessa maneira, o objetivo do estudo foi analisar o desenvolvimento de agravos agudos de saúde em
prematuros moderados (IG de 32 semanas completas a 33 semanas e 6 dias) e tardios (IG de 34
semanas até 36 semanas e 6 dias) no primeiro mês de vida. Para tanto, desenvolveu-se estudo
transversal/epidemiológico com abordagem quantitativa. Participaram 151 prematuros moderados e
tardios selecionados em um hospital referência para gestação de risco na região sul do Brasil. Os
dados obstétricos, neonatais e socioeconômicos foram coletados por meio de instrumento próprio no
momento da internação hospitalar. Os dados de desenvolvimento de agravo agudo de saúde foram
coletados ao final do primeiro mês de vida via contato telefônico. A análise foi realizada por meio do
programa SPSS, versão 20.0, com comparação de frequência entre as variáveis, utilizou-se valor de
p<5% para significância estatística da análise. Os preceitos éticos foram respeitados com aprovação do
Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob número de Parecer 1.511.201. Os resultados
apontaram que, aproximadamente, 96,7% dos prematuros desenvolveram no mínimo um agravo agudo
de saúde, sendo o vômito o que obteve maior frequência. O desenvolvimento de agravos agudos a
saúde, principalmente respiratórios, no período neonatal apresentou associação significativa com: peso
ao nascer, Apgar 1º min <7 e Apgar 5º min <7, necessidade de reanimação neonatal, local de
internação, tipo de dieta, além de associações com as característica socioeconômicas dos pacientes.
Concluiu-se que os agravos vômito, tosse e enjoado foram os mais frequentes nos Prematuros
Moderados e Tardios no período neonatal. Além disso, constatou-se associações significativas entre os
fatores obstétricos, neonatais e socioeconômicos associados a um maior risco respiratório. Os
resultados encontrados apontam para um olhar atentivo ao grupo estudado, bem como a necessidade
de acompanhamento destes RN no pós-alta hospitalar de forma sistematizada.
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