Caracterização e desenvolvimento de um compósito de polietileno verde reforçado com resíduo têxtil
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Data
2019-03-12Primeiro membro da banca
Rabenschlag, Denis Rasquin
Segundo membro da banca
Volkmer, Tiago Moreno
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O setor têxtil é um dos segmentos com maior impacto ambiental negativo, onde os
resíduos sólidos gerados pelo processo de corte representam um dos grandes
problemas causados por essas indústrias. Esta pesquisa teve o objetivo de desenvolver
um compósito utilizando o resíduo têxtil como reforço para o polietileno verde de alta
densidade (PEAD). O trabalho segue as práticas da produção mais limpa em conjunto
com as ferramentas do gerenciamento de projetos. A produção mais limpa se faz
presente na reciclagem de resíduos, demonstrando os benefícios ambientais do projeto.
O gerenciamento de projetos foi aplicado para o planejamento da pesquisa, através da
ferramenta Project Model Canvas, auxiliando no planejamento e na execução das
atividades. Através de ensaios mecânicos de flexão, tração e impacto, foram analisadas
três variáveis diferentes: a proporção reforço/matriz, onde foram testados 10, 15 e 20%
de massa em fibras; a composição do resíduo, avaliando os resíduos 100% algodão e
70% algodão/30% poliéster e; 2 tipos de processamento, a prensagem a quente e a
injeção. Para todas as análises mecânicas, o aumento de propriedades foi gradativo à
adição de fibras. Com 20% de massa em fibras o material injetado apresentou 27,03
MPa de resistência à flexão, 30,94 MPa de resistência à tração e 76,44 J/m de
resistência ao impacto. No comparativo entre as composições dos resíduos, de maneira
geral, o tecido 100% algodão promoveu maiores resistências e módulos e o resíduo
com poliéster maiores alongamentos. Na avaliação dos processamentos, a prensagem
a quente foi superior apenas nos ensaios de flexão, apresentando 30,60 MPa de
resistência e 1942 MPa de módulo de elasticidade. A análise de custos reiterou que a
injeção é o processo mais viável devido às propriedades apresentadas e o custo para
produção. O material desenvolvido demonstra potencialidade para futuras aplicações,
mesmo com o valor elevado do PEAD verde, que aumentaria em cerca de 8% o preço
de peças confeccionadas com o compósito. A avaliação ambiental se mostrou positiva,
tendo em vista que atendeu às exigências da produção mais limpa, pois houve o
emprego de matéria prima reciclável e o material mostrou-se capaz de diminuir o
impacto ambiental gerado pelo setor têxtil.
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