Farinha de larvas de Tenebrio molitor e farinha de tilápia em rações para frangos de corte
Resumo
Esta dissertação foi conduzida para trazer informações sobre a utilização de farinha de insetos e de peixe
para frangos de corte. A farinha de larvas de Tenebrio molitor é um ingrediente com altos níveis de
energia e proteína, possuindo satisfatória digestibilidade de aminoácidos e com resultados que não
prejudicam o desempenho das aves. Já a farinha de tilápia, é um subproduto da industrialização deste
peixe, que gera um produto de qualidade, com altos valores de proteína e energia. O maior conhecimento
dos nutrientes e dos valores de energia de ambos os ingredientes é importante para trazer informações
para a melhor formulação das rações para frangos de corte, que possibilitará alcançar melhores
resultados produtivos de utilização destes produtos. Além de auxiliar na obtenção de avanços para a sua
produção, padronização e inclusão. A pesquisa objetivou determinar os valores de energia digestível
ileal (EDI) e energia metabolizável aparente (EMA) da farinha de larvas de Tenebrio molitor e da farinha
de tilápia (Oreochromis niloticus) para frangos de corte até 21 dias de idade utilizando o método de
regressão. Frangos de corte foram alojados em gaiolas metálicas e receberam uma mesma ração inicial
até os 14 dias de idade. Aos 14 dias, as aves foram selecionadas, uniformizadas por peso e alimentadas
com as dietas experimentais. Um total de 315 frangos de corte machos Cobb 500 receberam 5 dietas
experimentais com 9 repetições e 7 aves cada, em um delineamento em bloco ao acaso. Os frangos
foram alimentados com uma dieta referência à base de milho e farelo de soja e 4 dietas teste, de 14 a 21
dias de idade. As dietas testes consistiram em farinha de larvas de Tenebrio molitor e farinha de tilápia
do Nilo que substituíram parcialmente as fontes de energia da dieta referência em 100 ou 200 g/kg e 75
ou 150 g/kg de ração, respectivamente. As proporções dos ingredientes energéticos foram mantidas em
todas as rações. Peso inicial, peso final e o consumo de ração foram avaliados no período experimental.
Amostras de excretas foram coletadas duas vezes ao dia do dia 19 ao 21, e a digesta ileal foi coletada
aos 21 dias de idade. Os coeficientes de digestibilidade aparente ileal da MS, N, energia e aminoácidos
foram calculados, bem como a metabolizabilidade de MS, N e energia. Determinou-se a EDI, EMA e
energia metabolizável aparente corrigida para balanço de nitrogênio (EMAn) das duas farinhas. Os dados
foram submetidos à análise de variância e os efeitos dos níveis crescentes dos ingredientes teste nas
dietas foram comparados usando contrastes (linear e quadrático). A regressão do consumo de farinha de
Tenebrio molitor ou farinha de tilápia em kcal associada a EDI, EMA ou EMAn versus kg de ingestão
dos ingredientes (base na MS) foi determinada. A utilização de farinha de inseto aumentou linearmente
(P <0,05) a digestibilidade ileal da MS e N, bem como EDI, EMA e EMAn. A digestibilidade ileal de
Lis, Tre, Val, Arg, His, Ala, Cis, e Gli aumentou linearmente (P <0,05) com o aumento dos níveis de
farinha de Tenebrio molitor. A adição de farinha de tilápia à ração referência diminuiu linearmente (P
<0,05) os valores de energia e a digestibilidade de aminoácidos (P <0,001). Em conclusão, o estudo
atual mostrou que os frangos de corte podem usar uma quantidade considerável de energia e aminoácidos
provenientes da farinha de Tenebrio molitor ou da farinha de tilápia. Os valores de EDI, EMA, EMAn
(kcal/kg de MS) foram 5,141, 5,239 e 4,926 da farinha de inseto e 2.984, 3.413 e 2.852 da farinha de
tilápia, respectivamente, permitindo maior conhecimento sobre os ingredientes para utilizar em rações.
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