Resiliência e engajamento no trabalho em servidores públicos federais
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Date
2020-03-06Primeiro membro da banca
Greco, Patrícia Bitencourt Toscani
Segundo membro da banca
Dalmolin, Graziele de Lima
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Este estudo objetivou avaliar a relação entre resiliência e engajamento no trabalho em servidores públicos federais de uma instituição de ensino. Trata-se de um estudo transversal, vinculado ao projeto matricial “Adaptação transcultural e validação para a língua portuguesa do Brasil da Resilience at Work Scale (RAW Scale)” aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria sob CAEE nº 69318117.2.0000.5346. A população foi constituída por 526 trabalhadores docentes e profissionais de saúde de uma Universidade Federal do Sul do Brasil. Os dados foram coletados no período de abril a julho de 2018, por meio de questionário de dados sociodemográficos, laborais, hábitos e saúde, a Escala de Resiliência no Trabalho (RAW Scale 25- Brasil) e Escala Utrecht de Engajamento no trabalho – 17. Utilizou-se da estatística descritiva, frequência absoluta (n) e relativa (%), e da regressão de Poisson, por meio das razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança, para analisar as associações entre resiliência e engajamento no trabalho. Considerou-se um nível de significância de 5% para todos os testes. Participaram, 287 (54,6%) profissionais da saúde e 239 (45,4%) docentes. Prevaleceu moderado nível de resiliência no trabalho (n=217; 42,1%), com maiores prevalências nos domínios vivendo autenticamente (n=247; 47%) e encontrando sua vocação (n=240; 45,6%). O menor tempo de trabalho (14%), necessitar de atendimento psicológico (20%) e ter pouco tempo de lazer (12%) apresentaram prevalência mais elevada para baixos níveis de resiliência. Em relação ao engajamento do trabalho, evidenciou-se baixo nível (n=207; 39,7%), com moderado nível para os domínios vigor (n=206; 39,3%) e dedicação (n=202; 38,5%), e baixo nível para concentração (n=194; 37,1%). Servidores com faixa etária de até 28 anos (10%) e de 29 a 39 anos (6%) de idade e carga horária de 30 e 36 horas (8% e 6%, respectivamente) apresentaram uma prevalência mais elevada para o baixo engajamento no trabalho. Conclui-se que trabalhadores com baixo e médio níveis de resiliência no trabalho, com idades até 28 anos e de 29 a 39 anos apresentaram prevalências mais elevadas para baixo engajamento. Diante dos resultados, destaca-se a relevância do desenvolvimento de estudos futuros que contemplem os aspectos positivos no ambiente laboral, a fim de proporcionar reflexão e promover conhecimento a comunidade científica, bem como instigar o desenvolvimento de estratégias de melhorias à saúde do trabalhador.
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