O autoconceito dos agressores de violência doméstica contra a mulher em Santa Maria, Rio Grande do Sul
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Data
2019-04-10Primeiro membro da banca
Santos, Samara Silva dos
Segundo membro da banca
Cenci, Cláudia Mara Bosetto
Metadata
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A presente pesquisa tem como propósito investigar, por meio de avaliação psicológica, agressores de violência doméstica contra a mulher. Para averiguar se existe associação entre perfil sociodemográfico, tipos de apego e desejabilidade social, o estudo utiliza como instrumental técnico a Escala de Desejabilidade Social de Marlowe- Crowne (MC-SDS); a Escala de Relacionamentos Próximos (ECR-RS); e uma Ficha Sociodemográfica. Tendo em vista os crescentes índices de violência contra a mulher no Brasil e no mundo, atenta-se para a necessidade de estudos que abordem a temática. Vasta é a literatura com dados acerca da vítima, contudo, parca é a produção acerca do agressor. Desta forma, a pesquisa visa contribuir com a comunidade científica e com a sociedade civil, no momento que olha para a violência doméstica com foco na figura do agressor, na tentativa de oferecer reflexões acerca do autoconceito, da manipulação, do apego e de características sociodemográficas o comportamento do algoz. Foram avaliados 30 agressores com registro de ocorrência de violência contra a mulher em Santa Maria, Rio Grande do Sul. Os resultados foram tratados com técnicas de estatística descritiva (para analisar os dados sociodemográficos) e inferencial, através do teste qui-quadrado (para avaliar associações entre as figuras dos tipos de apego). No tocante ao perfil sociodemográfico, a maioria dos agressores possui pouca escolaridade, estão entre os 30 e 40 anos, são solteiros e praticaram violência física e psicológica, sendo variados os motivos geradores de violência. Verificou-se que os sujeitos de pesquisa tendem a apresentar um comportamento manipulador, ou seja, existe tendência à se apresentarem com distorção do autoconceito a fim de serem socialmente aceitos. Apresentam tendência ao estabelecimento de frágeis vínculos relacionais amorosos, com tipo de apego inseguro preocupado, o qual é oriundo dos modelos representacionais que tiveram com as figuras materna e paterna.
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