Sensoriamento remoto para identificar soja infectada por fungos causadores da ferrugem asiática
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Fecha
2020-03-20Primeiro coorientador
Balardin, Ricardo Silveiro
Primeiro membro da banca
Benedetti, Ana Caroline Paim
Segundo membro da banca
Breunig, Fábio Marcelo
Terceiro membro da banca
Galvão, Lênio Soares
Quarto membro da banca
Kuplich, Tatiana Mora
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Desde a década de 1970 os instrumentos do sensoriamento remoto (SR) vêm sendo aplicados nas mais diversas áreas do conhecimento. Áreas como meio ambiente, monitoramento de áreas de produção agrícola, expansão territorial e ocupação/utilização do solo e das águas têm recorrentemente encontrado subsídios para seus trabalhos nos instrumentos do SR. Essa técnica se fundamenta na obtenção de informações por meio da interação da energia eletromagnética (REM) e os objetos alvos sem que haja contato físico. Atualmente tem havido um expressivo número de trabalhos científicos voltados à busca por relações entre características especificas da vegetação e as respostas espectrais ao longo do espectro eletromagnético. A vista disso a presente tese teve por objetivo geral identificar feições espectrais associadas a fase pré-sintomática de lavouras de soja infectadas por Phakopsora pachyrhizi. Para tanto, três objetivos específicos foram estipulados:1) verificar as condições climáticas associadas a ocorrência da ferrugem asiática; 2) identificar as características biofísicas do sistema epidêmico nas fases pré-sintomática e sintomática; 3) caracterizar o comportamento espectral da soja por espectrorradiometria a fim de detectar de alterações de refletância decorrentes da ocorrência do fungo Phakopsora pachyrhizi. Os experimentos foram conduzidos nas dependências do Instituto Phytus - Itaara-RS, instituição parcerira do LabGeotec-UFSM. As atividades se desenvolveram concomitantemente nas áreas de campo e em duas casas de vegetação. Inicialmente foram disponibilizadas duas áreas de soja (total de 300m²) divididos em dois talhões com dimensões de 150 m² cada. Os talhões e as duas casas de vegetação foram denominados P01 e P03, sendo P01-infectado sem nenhum tratamento químico e o P03-Livre área previamente tratada. Os dados hiperespectrais foram coletados a campo com o uso de um espectroradiômetro Field Spec 3 (entre 400 a 900 nm) sobre o dossel da soja e em casas de vegetação sobre as folhas das plantas de soja ali condicionadas com o auxílio do aparato Probe Leaf. As variáveis biofísicas (clorofila “b”- Chl”b”, índice de área Foliar (IAF), Biomassa e Número de esporos do fungo) foram coletadas a campo e nas casas de vegetação e processadas em laboratório por meio de métodos destrutivos consolidados pela literatura. A análise geral das variáveis climáticas nos permitiu concluir que as condições ambientais foram favoráveis durante o período de cultivo da soja nas áreas de estudo, o intervalo que precedeu a infecção durante a amostragem registrou temperaturas médias entre 17 e 28ºC, com melhores faixas de crescimento entre 21 e 26 ºC, UR acima de 80% associada a precipitações moderadas (em torno de 20mm) e tempo de molhamento foliar entre 5 a 10 horas. Os resultados registrados pelas variáveis biofísicas (Chl”b”, Biomassa, IAF) e o incremento de esporos na atmosfera apontam para condições predisponentes que viabilizaram o processo de infecção pela ação do fungo Phakopsora pachyrhizi e permitiram a ocorrência da doença. O uso do sensoriamento remoto hiperespectral possibilitou caracterizar o comportamento espectral da soja por espectrorradiometria bem como detectar de alterações de refletância decorrentes da ocorrência do fungo Phakopsora pachyrhizi no período assintomático.
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