Estudo de fatores de risco para a mortalidade infantil no Rio Grande do Sul
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar os dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de informações sobre mortalidade (SIM) para identificar os fatores de risco para a mortalidade infantil de nascidos vivos de mães residentes no estado do Rio Grande do Sul, no ano de 2008. Para a análise dos respectivos dados, foi realizado um estudo longitudinal, utilizando um modelo de regressão logística múltiplo. Neste estudo a variável dependente foi a ocorrência ou não de óbitos em bebês com menos de um ano de vida. Os resultados do ajuste do modelo indicam que os fatores de risco (preditores) significativos (p≤0,05) para mortalidade infantil incluem as variáveis: idade gestacional (prematuro: OR=1,70), peso ao nascer (0 a 499g: OR=40,46, 500 a 1499g: OR=11,38 e 1500 a 2499g: OR=1,64), Índice
de Apgar no 1º minuto (≤7: OR=2,31), Índice de Apgar no 5º minuto (≤7: OR=5,85), sexo
masculino (OR=1,22), nenhuma consulta de pré-natal (OR=2,21), paridade (>2 filhos, OR=1,40), idade da mãe (<20 anos, OR=1,12), escolaridade da mãe (<4 anos, OR=1,81) e anomalias congênitas (com anomalia: OR=17,92). Este estudo possibilitou o uso da base de dados de nascimentos e óbitos, mostrando a importância da identificação dos principais fatores de risco, como um auxílio nas estratégias tomadas para a melhoria da saúde da população.