Avaliação da toxicidade do extrato bruto das folhas de Hibiscus rosa-sinensis Linn. e do efeito da radiação gama sobre esse extrato
Fecha
2017-08-18Primeiro coorientador
Lopes, Gilberti Helena Hübscher
Primeiro membro da banca
Nascimento, Patrícia Severo do
Segundo membro da banca
Bortolatto, Cristiani Folharini
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Hibiscus rosa-sinensis Linn., planta pertencente à família Malvaceae e popularmente conhecida como hibisco, mimo-de-vênus e hibisco-da-china, é utilizada na medicina tradicional como promotora do crescimento de cabelo, para melhorar a digestão, estimular o fluxo menstrual, bem como no tratamento da dor, fadiga e doenças de pele. Ademais, alguns estudos atribuem-lhe propriedades anti-inflamatória, antidiabética, anti-helmíntica e antitumoral. Da mesma forma que o hibisco, muitas outras plantas são empregadas como terapêuticas, porém, para isso é imprescindível que não apresentem toxicidade nem contaminantes. A radiação ionizante é uma promissora opção para a descontaminação e conservação de plantas. Tendo em vista a grande utilização das folhas de H. rosa-sinensis para o combate de patologias, o objetivo desse trabalho foi avaliar a segurança associada ao seu uso, determinando a toxicidade oral aguda e subaguda do extrato bruto das folhas de H. rosa-sinensis (CELH), além de quantificar os metabólitos secundários e a atividade antioxidante desse extrato. Outro objetivo foi verificar o efeito que a radiação ionizante desempenha nos níveis de constituintes, atividade e toxicidade dessa planta. Para isso, parte do CELH foi irradiado com radiação gama de 60Co na dose de 1 kGy. O extrato bruto não irradiado (CELH-NIr) e o irradiado (CELH-Ir) foram submetidos aos mesmos testes: dosagem de polifenóis totais e flavonoides, identificação e quantificação de constituintes por meio de CLAE-UV, determinação da atividade antioxidante in vitro, e avaliação da toxicidade aguda e subaguda do extrato, como preconizado pelos Guias 423 e 407 da OECD, respectivamente. No estudo agudo, CELH-NIr e CELH-Ir foram administrados oralmente em uma única dose (2000 mg/kg) a ratos Wistar fêmeas, seguindo-se de minuciosa observação diária dos animais acerca de mudanças comportamentais, sinais de toxicidade e mortalidade, por 14 dias. Já na avaliação subaguda, ambos os extratos foram administrados oralmente em três doses (100, 200 e 400 mg/kg) durante 28 dias a diferentes grupos de ratos Wistar machos e fêmeas. Durante os dois estudos, os animais tiveram seu peso corporal monitorado, e ao final deles, parâmetros bioquímicos e hematológicos foram avaliados. O CELH apresentou expressiva atividade antioxidante, a qual foi potencializada pela radiação gama. Esta causou redução na concentração de flavonoides e polifenóis totais presentes na folha de H. rosa-sinensis. Através da CLAE-UV, identificou-se o composto ácido maslínico, que também teve sua concentração diminuída no CELH-Ir. Não foram observadas alterações comportamentais ou quaisquer sinais de toxicidade nos animais tratados com CELH. Valores de peso corporal, peso relativo dos órgãos e parâmetros hematológicos não foram alterados com o tratamento. Importantes marcadores de função hepática e renal também não apresentaram variação, indicando que tanto CELH-NIr como CELH-Ir não são hepato ou nefrotóxicos. Pequenas variações observadas em outros parâmetros bioquímicos não seguem padrão dose-resposta nem ocorrem igualmente nos dois sexos, ainda assim sugere-se que mais estudos sejam realizados para avaliar o efeito do hibisco por maiores períodos e esclarecer se as alterações estão relacionadas à planta. A radiação gama não interferiu na ausência de toxicidade apresentada pelo hibisco e pode ser útil para potencializar propriedades terapêuticas da planta.
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