Influência de determinantes sociais de saúde na saúde bucal da população adulta com idade superior a 50 anos no Brasil
Fecha
2020-08-12Primeiro membro da banca
Hugo, Fernando Neves
Segundo membro da banca
Unfer, Beatriz
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
A presente dissertação foi estruturada partindo de duas hipóteses. A primeira é que a escolha
de diferentes indicadores socioeconômicos pode influenciar os resultados apresentados em
pesquisas de saúde bucal, portanto o objetivo do primeiro estudo foi avaliar a influência do
uso de diferentes indicadores de status socioeconômico (renda individual, renda familiar per
capita e índice de riqueza) em pesquisa de saúde bucal com adultos de 50 anos ou mais.
Observou-se que quando utilizado o indicador de riqueza associado aos desfechos “
Autopercepção de saúde bucal (n=9,365) e Edentulismo (n = 9,073) ” há uma redução da
prevalência de indivíduos que percebem ter uma pior autoperção e serem edentulos, quando
comparados aos quintis mais pobres. Os indicadores de renda individual e renda familiar per
capita mostraram-se menos sensíveis a associação com os desfechos de saúde bucal. A
segunda hipótese que envolve esta dissertação, é que as dimensões conceituais (Estrutural e
Cognitiva) de capital social, podem influenciar a autopercepção de saúde bucal, logo, o
objetivo do segundo estudo foi verificar a associação entre capital social, considerando duas
dimensões conceituais (Estrutural e Cognitiva) e autopercepção de saúde bucal. Como
desfecho utilizou-se autopercepção de saúde bucal (n=9,365) e como variáveis preditoras
principais foram utilizadas quatro variáveis individuais de capital social (Estrutual:
Voluntariado e Participação Social), (Cognitivo: Confiança nos morados do Bairro e
Percepção de amizade). Os achados sugerem que indivíduos que possuem menor capital
social cognitivo tem maior prevalência de autopercepção ruim de saúde bucal. A dimensão
estrutural não apresentou associação com autopercepção de saúde bucal. Para ambos os
estudos, os dados foram coletados do Estudo Longitudinal Brasileiro do Envelhecimento no
Brasil (ELSI-Brasil). A pesquisa de linha de base foi realizada entre 2015 e 2016. Foram
utilizados modelos hierárquicos de regressão de Poisson para obter razões de prevalência
brutas e ajustadas. Concluímos que o índice de riqueza foi o indicador que melhor identificou
as desigualdades em saúde bucal em adultos brasileiros acima de 50 anos. Com relação a
influência do capital social na autopercepção de saúde bucal, ressaltamos a plausibilidade de
iniciativas que fomentem, o desenvolvimento de políticas de saúde que estimulem o capital
social cognitivo na sociedade e consequentemente colabore com a melhora da saúde bucal de
adultos com 50 anos ou mais no Brasil.
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