Avaliação de trigo de duplo propósito inoculado com Azospirillum brasilense
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Data
2020-02-13Primeiro membro da banca
Fontaneli, Renato Serena
Segundo membro da banca
Quadros, Fernando Luiz Ferreira de
Terceiro membro da banca
Pötter, Luciana
Quarto membro da banca
Meinerz, Gilmar Roberto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O uso de genótipos de trigo de duplo propósito é uma das alternativas para minimizar
o impacto da escassez de forragem, e ainda produzir grãos. Entretanto, para maximizar a
produtividade de forragem e grãos são utilizadas elevadas doses de fertilizante nitrogenado,
aumentando custos de produção e impactos ambientais. Dessa forma, o uso de
bioestimulantes à base de bactérias diazotróficas como Azospirillum brasilense pode
contribuir com a redução das quantidades de N utilizadas e consequentemente dos custos de
produção. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o genótipo de trigo de duplo propósito
BRS Tarumã submetido à inoculação com Azospirillum brasilense e distintas doses de N.
Inicialmente foi realizado um estudo sob condições de corte nos anos de 2016 e 2017. Nesse
estudo o delineamento experimental foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 2
(qualitativo) x 4 (quantitativo) com quatro repetições. Os fatores qualitativo e quantitativo
corresponderam ao uso ou não da inoculação e às doses de N (0, 50, 100 e 150 kg de N ha-1),
respectivamente. No ano de 2017 foi realizado um segundo estudo em condições de pastejo
com vacas em lactação. Nesse estudo, testou-se a inoculação das sementes combinada com a
dose de 100 kg de N ha-1 (IN+100) e ausência de inoculação associada à fertilização com a
dose de 150 kg de N ha-1 (NI+150). Os tratamentos foram escolhidos tendo como base os
resultados do ano de 2016. No estudo sob regime de corte a produção de forragem não diferiu
entre os tratamentos com inoculação + 100 kg de N ha-1 e sem inoculação + 150 kg de N ha-1
(4,7 vs. 4,1 t de MS ha-1), respectivamente. Não houve efeito da inoculação sobre o
rendimento de grãos. Para o estudo sob regime de pastejo avaliou-se a massa de forragem e a
composição estrutural dos trigos, as produções de forragem e de biomassa de lâminas foliares,
as taxas de acúmulo diário de forragem e de lâminas foliares, a taxa de lotação, as ofertas de
forragem e de lâminas foliares, a eficiência de pastejo, o consumo aparente e a produção de
grãos. Não houve diferença para a produção de forragem, de lâminas foliares, taxa de lotação,
rendimento de grãos e peso do hectolitro com valores médios de 3,6 t MS ha-1, 3,4 t MS ha-1,
1,95 UA ha-1 dia-1, 0,9 t ha-1 e 75 kg hl-1, respectivamente. Houve diferença para a eficiência
de pastejo (50,5% vs. 36,6) no terceiro ciclo para o trigo inoculado e fertilizado com 100 kg
de N ha-1. Em condições de corte, o uso da inoculação incrementa a produção de forragem e
de palha, não interferindo na produção de grãos. Sob condições de pastejo, a fertilização com
100 kg de N ha-1 mais inoculação, se equivale à adubação com 150 kg de N ha-1 para a
produção de forragem e grãos.
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