Bioacumulação e parâmetros de estresse oxidativo em Tambaqui (Colossoma macropomum) exposto a MnCl2 em diferentes níveis de oxigênio dissolvido
Ver/
Fecha
2013-04-18Primeiro coorientador
Pavanato, Maria Amália
Primeiro membro da banca
Dalcol, Ionara Irion
Segundo membro da banca
Burger, Marilise Escobar
Terceiro membro da banca
Loro, Vania Lucia
Quarto membro da banca
Partata, Wania Aparecida
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Diversas atividades, incluindo a exploração petrolífera liberam manganês (Mn2+) na
água da bacia amazônica. O Mn2+ tem a capacidade de produzir estresse oxidativo
em peixes. Logo, é necessário que se faça um controle do metal na água, mas
também nos organismos aquáticos. Assim, o objetivo do nosso trabalho foi expor o
tambaqui (Colossoma macropomum) ao manganês por 96h para encontrar a CL50-96h
para o tambaqui e posteriormente traçar o perfil redox do peixe exposto ao metal em
dose subletal em normóxia e hipóxia. Na primeira série de experimentos os animais
foram expostos a normóxia (6 mg/L), hipóxia (0,25 mg/L) e hiperóxia (10 mg/L).
Houve mortalidade somente em hipóxia, sendo o CL50-96h 4.03 mg/L de Mn2+. A
ordem da bioacumulação foi brânquias > fígado > músculo. Na segunda série de
experimentos o tambaqui foi exposto a 3.88 mg/L de Mn2+ por 96 horas em normóxia
(6 mg/L) e posteriormente foram mortos por secção medular, sendo os tecidos alvo
do estudo retirados. Foram analisados vários biomarcadores de estresse oxidativo,
como espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), superóxido dismutase
(SOD), catalase (CAT), glutationa-S-transferase (GST) e o conteúdo de tióis não
protéicos (GSH). Em brânquias houve um aumento significativo dos níveis de
TBARS e da atividade da SOD e uma redução do conteúdo de tióis não protéicos.
Em fígado houve uma diminuição significativa dos níveis de TBARS e um aumento
significativo nas atividades da SOD e GST, além do conteúdo de tióis não protéicos.
No cérebro houve somente uma diminuição significativa da atividade da SOD e CAT.
No rim houve uma aumento significativo dos níveis de TBARS e uma diminuição
significativa da atividade da SOD. Nesta segunda série de experimentos ficou claro a
presença de estresse oxidativo em diferentes órgãos. Isso mostra que o Mn2+ possui
toxicidade diferenciada em cada órgão. A ordem da bioacumulação foi brânquias >
rim > cérebro > fígado. Na terceira série de experimentos o tambaqui foi exposto a
3.88 mg/L de Mn2+ por 96 horas em hipóxia (0,25 mg/L) e posteriormente foram
mortos por secção medular, sendo os tecidos alvo do estudo retirados. Os
biomarcadores de estresse oxidativo foram os mesmos da série anterior. Nas
brânquias houve um aumento significativo dos níveis de TBARS e uma redução
significativa nas atividades da SOD e GST. No fígado ocorreu um aumento
significativo nos níveis de TBARS e uma diminuição significativas na SOD e GST.
No cérebro e no rim a exposição não produziu alterações nos níveis de TBARS, mas
houve um aumento significativo na atividade da SOD em ambos os tecidos. A ordem
da bioacumulação foi rim > brânquias > fígado > cérebro. Da mesma maneira que na
série anterior, a exposição ao metal provocou estresse oxidativo em alguns órgãos,
entretanto, cada órgão obteve um perfil redox diferente. Assim, com os experimentos
foi possível obter o CL50-96h para o Mn2+ em tambaqui, além disso os valores de
bioacumulação em cada órgão não se correlacionam com os resultados encontrados
para os biomarcadores de estresse oxidativo e a SOD possuiu um papel chave nos
experimentos. Por fim, o perfil redox encontrado tanto em normóxia como em hipóxia
podem levar a novos experimentos que posteriormente podem proporcionar que o
peixe possa ser utilizado como uma sentinela para o Mn2+ nas águas.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: