Nível de atividade física de escolares do ensino médio: estudo sobre a associação com o desempenho acadêmico e a percepção de barreiras à prática de atividades físicas
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Data
2015-12-14Primeiro membro da banca
Bergmann, Gabriel Gustavo
Segundo membro da banca
Corazza, Sara Teresinha
Metadata
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O objetivo deste estudo foi verificar as relações entre o nível de atividade física (NAF) e o
desempenho acadêmico (DA) dos alunos do ensino médio de uma escola pública federal, bem
como identificar quais as barreiras percebidas (BP) à prática de atividades físicas pelos
mesmos. Participaram 348 escolares, de 14 a 19 anos, de uma escola pública federal, de
característica militar. Para as informações referentes ao NAF foi utilizado o Questionário
Internacional de Atividade (IPAQ), versão curta. O DA foi obtido por meio das médias das
notas do primeiro semestre de 2015, dentro das três grandes Áreas de Conhecimento,
definidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Para investigar as barreiras foi utilizado
um instrumento composto por 12 afirmativas. Os instrumentos utilizados foram validados
para adolescentes. A coleta de dados foi realizada em junho de 2015, na última semana de
aula antes do recesso escolar, durante os tempos de aula destinados à Educação Física. Os
dados referentes ao DA de cada escolar foram obtidos no retorno do recesso escolar
(julho/2015), após serem computadas as avaliações acadêmicas do primeiro semestre.
Utilizou-se análise descritiva dos dados na caracterização da população do estudo e para as
afirmativas do instrumento de pesquisa das BP. Analisou-se a curva de distribuição dos dados
através do teste de Kolmogorov-Smirnov e após, a correlação de Spearman para a análise das
relações entre o NAF, o DA e as BP. O teste de Mann Whithney foi aplicado para verificar a
possível diferença entre as médias das Área de Conhecimento do DA entre os grupos de
escolares ativos e insuficientemente ativos e, também, para as diferenças entre os sexos nas
BP. O teste de Kruskal Wallis para verificar a possível diferença das barreiras entre os anos de
EM. Foi utilizado um teste para a diferença de proporções (Qui-quadrado) para a análise das
barreiras individualizadas, entre os sexos. Foram considerados ativos 58,6% dos escolares e
não foi encontrada correlação significativa entre o DA e o NAF. Notas mínimas superiores
foram encontradas entre os escolares ativos e maiores médias para as áreas 1 e 2 entre os
participantes de escolas esportivas (p=0,017; p=0,014). As BP mais prevalentes para a prática
de atividades físicas foram: tenho muitas tarefas, falta tempo e o clima dificulta a prática. As
meninas relataram maior número e maior frequência de respostas em todas as BP
investigadas. Foi encontrada correlação significativa (r= -0,3290; p<0,0001) entre as variáveis
NAF e BP. Em conclusão, o NAF não interferiu negativamente no DA dos escolares desse
estudo e os participantes de escolas esportivas alcançaram melhor DA, demonstrando que a
prática esportiva pode ocasionar efeitos benéficos no desempenho cognitivo. Quanto à
percepção das barreiras, estas podem impactar negativamente a adoção de um estilo de vida
fisicamente ativo, pois quanto maior o número de BP menor foi o NAF dos escolares.
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