Prevalência de periodontite apical em diferentes populações
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Fecha
2019-08-30Primeiro membro da banca
Wolle, Carlos Frederico Brilhante
Segundo membro da banca
Pappen, Fernanda Geraldo
Terceiro membro da banca
Gomes, Maximiliano Schünke
Quarto membro da banca
Morgental, Renata Dornelles
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A periodontite apical (PA) ocorre frente à invasão microbiana do sistema de canais radiculares e a sua
prevalência modifica conforme idade, nível de escolaridade, presença de alteração sistêmica, entre
outros fatores. Diante das muitas variáveis que podem influenciar a prevalência da doença, foram
objetivos desta tese: (1) descrever a prevalência de PA e explorar a sua associação com características
clínicas, radiográficas e sociodemográficas em pacientes HIV+; e (2) revisar a literatura sobre a
prevalência de PA em diferentes populações e metanalisar os resultados a fim de determinar a
prevalência de PA na população mundial, a frequência dessas lesões em todos os dentes, em dentes
não tratados e tratados endodonticamente; e avaliar quais são os fatores que possam estar associados à
variabilidade dos resultados. No primeiro estudo, dados clínicos e radiográficos de 59 pacientes HIV+
foram coletados. A presença de PA, qualidade dos tratamentos endodônticos, das restaurações e coroas
foram avaliadas através de radiografias periapicais (Rx); a presença de cárie através de dados clínicos
e Rx; e a carga viral e concentração de linfócitos T CD4+ através de exames sanguíneos. A associação
entre o desfecho e as variáveis independentes foram avaliadas por meio de regressão logística com
correção para clustering do indivíduo. Setenta e um porcento dos pacientes apresentaram pelo menos
uma PA. Uma renda familiar inferior a cinco salários mínimos e a presença de pelo menos um
tratamento endodôntico foram associados à prevalência de PA, enquanto que a carga viral e a
concentração de linfócitos T CD4+ não tiveram associação. No segundo estudo, uma busca nas
principais bases de dados foi realizada sem restrição de língua. Uma metanálise com efeitos aleatórios
foi realizada para os desfechos primários e secundários, bem como para as análises de subgrupos. A
busca identificou 6175 artigos e 207 foram incluídos para leitura completa do texto. Quinze estudos
foram identificados pela busca manual e no total, 108 foram incluídos na metanálise. A prevalência de
indivíduos com ≥1PA foi de 52%; a prevalência de PA em todos os dentes foi de 5%, em dentes não
tratados endodonticamente de 3% e em dentes tratados de 40%. Amostras recrutadas em serviços
odontológicos ou hospitais apresentaram uma maior prevalência da lesão do que amostras da
população geral. A prevalência de PA foi maior em indivíduos com presença de alteração sistêmica do
que em indivíduos sadios e o uso de panorâmica para diagnosticar a PA diminuiu a prevalência da
lesão quando comparada ao uso do Rx periapical. As conclusões do primeiro estudo mostraram que a
associação entre a prevalência de PA e a renda mensal indica que a doença endodôntica neste
subpopulação pode ser relacionada a problemas sociais e que políticas públicas para prevenir tal
patologia são necessárias. Através dos resultados do segundo estudo pode-se concluir que a PA é uma
condição prevalente e no geral, 52% da população adulta mundial apresenta a doença. A presença de
alteração sistêmica, o local de recrutamento dos indivíduos e o tipo de radiografia utilizada para o
diagnóstico da PA foram fatores que influenciaram a prevalência da doença endodôntica.
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