O sistema informal de sementes crioulas e as guardiãs de sementes da vida: o protagonismo de mulheres na região central do RS
Fecha
2021-04-28Primeiro membro da banca
Siliprandi, Emma Cademartori
Segundo membro da banca
Almeida, Fernanda Savicki de
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta dissertação apresenta reflexões sobre a construção do ordenamento jurídico relativo
a sementes crioulas, a partir do preceito de que a “descoberta” do Brasil foi, e continua
sendo, um grande empreendimento comercial que permeia por dois caminhos: a
apropriação privada de seus recursos naturais e as lutas que resistem a esse processo. O
modelo de produção agroexportador difundido a partir da expansão capitalista e
desenvolvimento industrial atrelado à utilização de sementes transgências, segue se
propagando com a conivência dos grandes proprietários de terra e do estado brasileiro. Por
outro lado, através das contribuições de agricultores e agricultoras familiares, o sistema
informal de sementes resiste, mesmo que mantidas a margem do modelo capitalista de
produção agrícola agroindustrial destinado a exportação de commodities. Acentua-se à luta
das mulheres do campo o fato de terem suas ações invisibilizadas, em decorrência da
retirada de protagonismo em seus diversos espaços de atuação. Com isso, o objetivo
principal do trabalho, através da utilização do procedimento de pesquisa qualitativa,
levantamento bibliográfico e documental, com o uso de técnica de entrevista
semiestruturada e a utilização da ferramenta “Rio da Vida”, é possibilitar que quatro
guardiãs de sementes crioulas tidas como referências na região central do Rio Grande do
Sul relatem suas trajetórias e percepções a respeito de seus âmbitos produtivo e
reprodutivo. De modo conclusivo, as mulheres camponesas através de suas práticas
cotidianas exercem de forma local a conservação do patrimônio genético e dos
conhecimentos tradicionais associadose torna-se, necessário, portanto, a ressignificação
do papel dessas mulheres que historicamente sofrem opressão e que são exploradas
duplamente: pelo capital e pelo patriarcado.
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