Interação genótipo × ambiente e dimensionamento amostral para estatísticas de precisão em ensaios de soja
Fecha
2021-02-26Primeiro membro da banca
Marchioro, Volmir Sérgio
Segundo membro da banca
Benin, Giovani
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A produtividade de grãos de soja é uma relevante característica que necessita de prévia
compreensão em cenários de terras altas e baixas, em que referenciais teóricos comparativos
são escassos, principalmente relacionados à interação genótipo × ambiente. Outro aspecto
pouco abrangido nestes cenários é a confiabilidade de estimativas desta característica, que se
inicia pelo processo de amostragem, normalmente realizado empiricamente, podendo ocasionar
um viés elevado se as amostragens não forem representativas. Neste sentido, este estudo tem
como objetivos verificar os efeitos da interação genótipo × ambiente na produtividade de grãos
de soja em áreas de terras altas e baixas de clima subtropical e comparar metodologias de
adaptabilidade e estabilidade; analisar o comportamento de estatísticas de precisão
experimental frente às variações no número de plantas coletadas por unidade experimental em
terras altas e baixas; definir o tamanho amostral ótimo por unidade experimental para
estatísticas de precisão experimental; e propor modelos preditivos para estimar a precisão de
experimentos com soja. Foram conduzidos ensaios de campo durante a safra agrícola de
2017/2018, em dois locais no Rio Grande do Sul e três épocas de semeadura, totalizando seis
experimentos. No primeiro estudo, uma área de 2,70 m2 por parcela foi colhida e a
produtividade de grãos foi mensurada em 20 genótipos em ambos os locais teste. Com os dados
coletados, foi verificada a significância do fator interação e realizado o particionamento deste
fator em componente simples e complexo. A seguir, foram implementados modelos lineares,
bilineares, Additive Main Effect and Multiplicative Interaction (AMMI), Best Linear Unbiased
Prediction (BLUP) e Genotype plus Genotype-Environment interaction (GGE), para a
verificação da estabilidade de cultivares com posterior comparação de metodologias por meio
de estatísticas de incerteza e coeficiente de correlação de Pearson. No segundo estudo, a
produtividade de grãos foi avaliada por planta, em 20 plantas por parcela, utilizando 30
genótipos no local de terras altas e 20 genótipos no local de terras baixas, totalizando 9000
plantas mensuradas. Foram estimadas treze estatísticas e determinado o tamanho de amostra
por unidade experimental por estatística, simulando cenários de 1, 2, ..., 1000 plantas;
consequentemente, parametrizaram-se modelos preditivos para cada estatística, com base no
número de plantas coletadas. Os resultados demonstraram maiores produtividades de grãos em
terras altas, onde a segunda época de semeadura expressou os maiores valores. O componente
complexo da interação representou 82,11 %, permitindo inferir casos de alteração de
ranqueamentos de genótipos. Concordâncias entre as metodologias GGE e BLUP foram
observadas. As estatísticas foram superestimadas em cenários amostrais menores por unidade
experimental. Com o aumento de plantas coletadas foi possível verificar reduções
exponencialmente proporcionais da amplitude do intervalo de confiança das estatísticas
calculadas. Assim, possibilitando a proposição de modelos de previsão da precisão
experimental, via amplitude de intervalos de confiança e tamanho amostral por unidade
experimental. A amostragem de 18 plantas por unidade experimental foi suficiente para a
estimativa das estatísticas de precisão experimental. Com os estudos realizados, maiores
compreensões dos cenários edáficos de terras altas e baixas foram possíveis, sobre fatores que
auxiliam na recomendação de cultivares e no planejamento experimental.
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