Perfil epidemiológico das pessoas submetidas à esofagectomia para câncer de esôfago no Hospital Universitário de Santa Maria entre 2008 e 2012

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Date
2014-12-01Primeiro membro da banca
Fagundes, Renato Borges
Segundo membro da banca
Resener, Elaine Verena
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O câncer de esôfago (CE) situa-se entre os dez cânceres mais incidentes na
população mundial e tem alta letalidade. O Rio Grande do Sul (RS) é o estado
brasileiro com a maior estimativa de novos casos de câncer de esôfago. O
tratamento é cirúrgico na maioria dos casos, mas estudos sobre a assistência
hospitalar a estes pacientes são raros e podem contribuir para o planejamento dos
serviços e melhoria da atenção a essas pessoas. Estudo transversal, descritivo,
retrógrado com dados secundários para desenhar o perfil epidemiológico dos
pacientes com diagnóstico de CE submetidos à esofagectomia no Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM) entre 2008 e 2012. O HUSM é um hospital de
nível terciário e referência para a região central do RS. Considerado de grande porte
para cirurgia de esôfago (mais de 20 cirurgias/ano). O perfil epidemiológico desses
pacientes era desconhecido de forma estruturada por este serviço. Realizadas 123
esofagectomias no período, sendo 98 homens e 25 mulheres. Pacientes de Santa
Maria foram 45 e os de outros municípios foram 78. A distribuição anual de cirurgias
foi homogênea no período. A cirurgia mais realizada foi a trans-hiatal sem
toracotomia, com 77 casos. O tipo histológico mais freqüente foi o Carcinoma
Epidermóide com 108 casos. A altura da lesão mais frequente foi a do terço médio
com 78 casos, seguido do terço inferior com 40 casos. Ocorreram 16 óbitos (13%).
Os que receberam alta hospitalar, 98% foi com dieta via oral. O nível de albumina
pré-operatório foi superior a 3,5 em 61 casos. As complicações mais comuns foram
respiratórias. A fístula cervical ocorreu em 24 casos (19,5%). O tempo de espera
entre a internação e a cirurgia mostrou que um paciente aguardou apenas um dia. O
tempo máximo foi 55 dias, com média de 9,4 dias (d.p. 7,8). O tempo da cirurgia até
a alta hospitalar mostrou que apenas um paciente permaneceu dois dias internado
(esse foi ao óbito). O tempo máximo foi 129 dias, com a média de 17,6 dias (d.p.
14,7). O tempo da internação até a alta hospitalar mostrou que o tempo mínimo foi
de oito dias e o tempo máximo foi de 144 dias, com média de 27 dias (d.p. 16,6). A
maioria dos pacientes (75%) teve um tempo total de internação de até 32 dias. Essa
pesquisa contribuirá para o autoconhecimento do serviço.
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