Um olhar para as perspectivas sobre a velhice de pessoas com deficiência visual praticantes de goalball
Fecha
2021-01-29Primeiro membro da banca
Duarte, Gustavo de Oliveira
Segundo membro da banca
Flores, Patric Paludett
Terceiro membro da banca
Hatje, Marli
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O envelhecimento saudável por si só é um desafio, mas associado a alguma deficiência torna-
se uma tarefa complexa em um cenário de perspectiva pessoal. Objetivou-se assim, analisar a
perspectiva pessoal de velhice de pessoas com deficiência visual praticantes de Goalball. A
pesquisa é de cunho quantitativo, caracterizando-se como um estudo de caso. Os participantes
foram selecionados de forma intencional, assim teve-e a participação de 19 pessoas com
deficiência visual, praticantes de Goalball. Destes 11 são homens e 8 mulheres com idade
média de 36 anos. O local de pesquisa foi a Associação de Cegos do Rio Grande do Sul
(ACERGS), que conta com a prática da modalidade esportiva. Para a coleta de dados foram
utilizadas uma ficha de dados sócio-demográficos e outra de dados da deficiência, e o
Inventário Sheppard (Neri, 1986). Para análise inicialmente criou-se um banco de dados
composto de variáveis numéricas e categóricas. Utilizou-se o software STATA versão 12.1
para realizar a análise dos dados. A análise descritiva foi composta da apresentação as
medidas de tendência central como média e mediana, medidas de dispersão como desvio
padrão para as variáveis numéricas, e a apresentação de freqüências e percentagens para as
variáveis categóricas. Para as inferências aplicou-se o teste t para comparação de variáveis
quantitativas de amostras independentes, teste de associação de qui-quadrado e exato de fisher
para associação entre duas variáveis categóricas. Considerou-se como referência o valor de
5% para o nível de significância e todos os critérios éticos foram respeitados. Todos os
participantes aceitaram participar do estudo através do aceite do TCLE, este enviado via
fomulário Google, e estavam cientes dos objetivos e procedimentos do presente estudo. Dos
resultados houve a produção do artigo, apontando que as percepções de velhice em todos os
fatores analisados foram positivas. Também se aponta que algumas características da
deficiência, as condições contextuais dos participantes, associado à prática do Goalball,
influenciaram positivamente no modo de ver a velhice. Concluiu-se que neste grupo, a
deficiência não é um limitador, nem um indicador que prevê uma velhice marcada por
percepções negativas, tendo a prática do Goalball como uma potencializador de um
envelhecimento saudável. Entende-se a velhice é uma categoria social e culturalmente
construída, e que não existe uma maneira única de envelhecer o que depende do contexto em
que as pessoas estão inseridas. Sabe-se também que os resultados obtidos neste estudo não
podem ser generalizados, em função das características e particularidades encontradas. Por
fim, percebe-se que envelhecer com uma deficiência exige adaptações, principalmente em
uma sociedade ainda despreparada para a diversidade humana, porém não limita e/ou impede
de se pensar a velhice como uma fase positiva na vida, de amadurecimento e visibilidade.
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