A experiência de trabalhadores de uma unidade de pronto atendimento no acolhimento à pessoa em crise psíquica
Fecha
2019-12-13Primeiro membro da banca
Ferrer, Ana Luiza
Segundo membro da banca
Hillesheim, Betina
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Essa dissertação tem por tema o acolhimento da pessoa em crise psíquica (PCP). Como objetivo geral pretendeu cartografar como trabalhadores de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do interior do estado do Rio Grande do Sul acolhem pessoas em crise psíquica e por objetivos específicos analisar as orientações das políticas de saúde públicas voltadas aos trabalhadores para o acolhimento à PCP; analisar como os trabalhadores de uma UPA produzem a experiência de acolhimento à PCP e problematizar os modos de acolhimento dos trabalhadores de uma UPA em relação à PCP. Justifica-se esta pesquisa devido a atenção a PCP ainda ser ponto chave para os serviços de saúde incluindo as UPAs e por se ter poucos estudos que aborde este tema nas unidades de urgência e emergência. Seu método caracteriza-se por uma Pesquisa intervenção participativa com abordagem de inspiração cartográfica. Realizada em uma UPA do interior do estado do Rio Grande do Sul, em que os participantes foram os trabalhadores do apoio (recepcionistas e porteiros), da saúde (técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos) e da gestão (gestores), presentes nos turnos em que foram realizadas as visitas ao campo entre os meses de Maio a Julho de 2019. Para a produção dos dados utilizou-se para se atingir o primeiro objetivo específico à pesquisa documental e os objetivos subsequentes foram utilizados o diário de campo, que registrou conversas informais, observações participantes e ações conjuntas com os trabalhadores. Como resultado, foram elaborados três artigos: “Acolhimento da crise psíquica: subjetivação de trabalhadores pelas políticas públicas”, em que se analisaram os processos de subjetividade dos trabalhadores da UPA no exercício do acolhimento às PCP através das políticas de saúde pública, efetivadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em que se constatou que estas podem construir certos discursos e práticas que conformam modos de fazer o trabalho com o sofrimento psicológico em situações de emergência. O segundo artigo, “A crise é de quem? implicações do acolhimento ao sofrimento psíquico em uma UPA” constatou-se que os espaços e procedimentos realizadas pelos trabalhadores, bem como as formas de intervenções são protocolados. O que causa desconforto nos profissionais, mobilizando sentimentos que não são considerados no universo laboral. E, o terceiro artigo, “Crise psíquica em uma UPA: pistas para um acolhimento diferenciado” demonstra-se que o ato de acolher é uma ferramenta potente, pois oportuniza a comunicação, a escuta e o vínculo, proporcionando uma melhor compreensão do caso. Como considerações finais, destaca-se a fragilidade de espaços de educação permanente que oportunize aos trabalhadores momentos de reflexão, problematização e discussão de casos em específico de atenção a PCO. Portanto, a temática do acolhimento a PCP ainda continua sendo um ponto chave para as UPAs em que torna-se necessário rever os modos de atuação, no sentido a estimular outras formas de intervenção para além daquelas somente protocolares voltadas ao modelo biomédico.
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