Percepção do clima ético e Síndrome de Burnout de enfermeiros hospitalares
Fecha
2020-10-30Primeiro membro da banca
Andolhe, Rafaela
Segundo membro da banca
Barlem, Edison Luiz Devos
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O clima ético surge como uma forma de perceber e compreender a influência das práticas e dos procedimentos organizacionais nas crenças e nos comportamentos éticos dos trabalhadores, enquanto o burnout representa uma consequência ocasionada pelo excessivo desgaste de energia e recursos que acometem comumente os trabalhadores, sendo constituído de exaustão profissional, despersonalização e baixa realização profissional. O presente estudo teve como objetivo geral: verificar a relação entre clima ético e burnout em enfermeiros atuantes no ambiente hospitalar. E específicos: analisar associação entre clima ético e variáveis sociodemográficas e laborais dos enfermeiros que trabalham no ambiente hospitalar; identificar a prevalência de burnout entre os enfermeiros que trabalham no ambiente hospitalar; descrever o perfil dos enfermeiros com burnout. Trata-se de um estudo transversal. A população foi constituída por enfermeiros do Hospital Universitário de Santa Maria, os quais preencheram os instrumentos de caraterização sociodemográfica e laboral, o Hospital Ethical Climate Survey – versão brasileira e o Inventário Maslach de Burnout no período de abril a julho de 2019. A análise dos dados ocorreu por meio de estatística descritiva e análise bivariada. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer 049598. Quanto aos resultados, participaram do estudo 269 enfermeiros, sendo 88,1% do sexo feminino e com idade média de 40,6 anos (Desvio Padrão= 8,65). Aqueles que exerciam cargo de chefia, possuíam maior tempo de instituição, maior nível de escolaridade e relataram estar satisfeitos no ambiente de trabalho, avaliaram o clima ético de forma positiva. Em contrapartida, profissionais que tiveram afastamento do trabalho, que não estavam satisfeitos com seu setor e tinham a intensão de deixar o emprego ou a enfermagem, perceberam o clima ético negativo. Observou-se associação significativa entre o clima ético e as dimensões do burnout de exaustão emocional, despersonalização e realização profissional. Os enfermeiros que estavam em alta exaustão profissional e despersonalização e baixa realização profissional e avaliaram o clima ético negativo eram na sua maioria do sexo feminino 90% (n=36), 94,3% (n=33) e 87,5% (n=35), de cor branca 87,5% (n=35), 88,6% (n=31) e 97,5% (n=39) e com companheiro 70%(n=28), 65,6% (n=23), 70% (n=28). Conclui-se que o clima ético no geral apresentou diferenças quanto a determinadas variáveis (escolaridade, vínculo empregatício, setor de trabalho, turno de trabalho, cargo chefia, afastamento do trabalho, tempo de instituição e satisfação no setor de trabalho) e dimensões do burnout, podendo ser potencializado por meio de estratégias que estimulem as relações interpessoais entre a equipe multiprofissional, gestão e pacientes. Sugere-se mais pesquisas com amostras maiores nos serviços hospitalares, a fim de obter resultados que possam auxiliar nos diferentes contextos relacionados à organização do trabalho e saúde do trabalhador para que se tenha redução de danos e atendimento qualificado.
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