JM-20 como composto multialvo: avaliação do potencial antioxidante, inibidor de colinesterases e citotoxicidade
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Fecha
2020-10-29Primeiro membro da banca
Posser, Thais
Segundo membro da banca
Ávila, Daiana Silva de
Terceiro membro da banca
Fachinetto , Roselei
Quarto membro da banca
Spanevello , Roselia Maria
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Compostos multialvo tem despertado o interesse de muitos pesquisadores. Estas substâncias tem como principal característica a capacidade de agir através de diferentes mecanismos de ação, fato relevante em casos de patologias originadas por múltiplas causas. Neste contexto, em alguns casos de doenças neurodegenerativas pode ocorrer a perda neuronal em determinadas regiões cerebrais as quais contem neurônios colinérgicos, consequentemente causando comprometimento de funções cognitivas. O estresse oxidativo é caracterizado pelo desequilíbrio entre a produção das espécies reativas e as defesas antioxidantes e pode estar diretamente relacionado as causas ou consequências de patologias relacionadas ao SNC. Estudos anteriores mostraram que o JM-20, 1,5-benzodiazepina fundida a uma fração de di-hidropiridina, tem diferentes propriedades farmacológicas de interesse clínico. Neste sentido, o objetivo principal deste estudo foi avaliar o efeito do JM-20 na AChE e na BChE de diferentes fontes, identificar o tipo de inibição enzimática e compreender as interações entre o composto e as enzimas utilizando ferramentas in sílico de docking molecular. Além disso, verificar o efeito protetor no estresse oxidativo induzido por Fe2+ em leucócitos e determinar a atividade scavenger de radicais livres. Do mesmo modo, averiguar a possível citotoxicidade utilizando células sanguíneas humanas e predizer parâmetros ADMET utilizando ferramentas in sílico de screening virtual. A BChE utilizada foi purificada de Equus ferus e presente no plasma humano, enquanto que a AChE foi de Electrophorus electricus, eritrócitos totais e presente nas membranas isoladas de eritrócitos humanos (ghost). As enzimas foram pré-incubadas durante 30 minutos na presença de diferentes concentrações de JM-20 (1 nM - 200 μM). Para avaliar o tipo de inibição enzimática, foi realizado um estudo cinético variando a concentração do substrato (0,05 - 1,6 mM). O sangue humano foi obtido de voluntários saudáveis. Imediatamente após a coleta do sangue, os leucócitos ou eritrócitos foram isolados, lavados e tratados com diferentes concentrações de JM-20 e avaliados de acordo com cada teste específico. Os resultados demonstraram o potencial efeito inibitório na atividade da AChE. Estes efeitos foram observados em todas as enzimas testadas (IC50 = 123 nM ± 0,2 para E. electricus, 172 nM ± 0,2 para eritrócitos totais e 158 nM ± 0,1 para ghost). Além disso, sugerimos que o composto apresenta um tipo misto de inibição já que altera o Km e Vmax da AChE. O docking molecular demonstrou a existência de oito isômeros diferentes do JM-20 e os isômeros 4R interagem melhor com a HsAChE. O resultado do TBARS aponta para um potente efeito antioxidante e efeito scavenger de radicais livres observados na fase lenta da reação. Entretanto, a exposição a todas as concentrações de JM-20 testadas (10-50 μM) causou um aumento significativo nos níveis de espécies reativas intracelulares (ER). Embora tenha sido observada diminuição da viabilidade celular e aumento da produção de ER, a exposição ao JM-20 (10-50 μM) não alterou o ciclo celular, assim como não causou hemólise. Análises de screening virtual do JM-20 demonstraram similar perfil ADMET a nifedipina. Assim, nossas descobertas apoiam o potencial uso clínico do JM-20, para o tratamento de patologias associadas ao SNC.
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