Depressão induzida pela administração de dexametasona em camundongos: efeitos terapêuticos do disseleneto de p-clorodifenila

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Fecha
2020-02-19Primeiro membro da banca
Boeck, Carina Rodrigues
Segundo membro da banca
Vinade, Lucia Helena do Canto
Terceiro membro da banca
Pillat, Micheli Mainardi
Quarto membro da banca
Boeira, Silvana Peterini
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Diferentes modelos animais já reportaram que a administração de dexametasona (DEX) pode induzir comportamentos fenotípicos de depressão e ansiedade, bem como alterações moleculares cerebrais. Entretanto, a maioria dos estudos experimentais envolve a exposição de DEX nos períodos pré e neonatal. Além disso, a maioria desses tem como principal foco avaliar os efeitos da DEX na região hipocampal. Outro ponto a destacar é a inexistência de uma conexão entre a sinalização apoptótica em córtex pré-frontal (CPF) de camundongos adultos Swiss e o fenótipo comportamental do tipo depressivo/ansiogênico induzido por DEX. O composto orgânico de selênio disseleneto de p-clorodifenila (p-ClPhSe)2 apresenta efeito do tipo antidepressivo em modelos animais por meio de diferentes alvos de ação. Além disso, o composto modula a neurotransmissão glutamatérgica e o estresse oxidativo, os quais desempenham um papel fundamental na fisiopatologia dos distúrbios afetivos. Assim, o principal objetivo desta tese foi avaliar a contribuição dos sistemas antioxidante e glutamatérgico para o efeito farmacológico do (p-ClPhSe)2 em um modelo de depressão induzido por 21 injeções intraperitoneais de DEX 2 mg/kg, bem como investigar os efeitos negativos dessa administração subcrônica de DEX em CPF de camundongos adultos Swiss. Os resultados do artigo 1 demostraram que os camundongos adultos Swiss expostos à DEX apresentaram fenótipo do tipo ansiogênico e depressivo acompanhado de alterações no CPF, tais como níveis reduzidos de receptores de glicocorticóides e aumento de células positivas fluorojade-C. Além disso, os resultados do artigo 1 também demonstraram que os níveis da proteína pró-apoptótica caspase-3 clivada, bem como as razões PARP clivada/total e Bax/Bcl- 2 encontraram-se aumentados no CPF após a exposição com DEX. Além do envolvimento com a sinalização de células pró-apoptóticas no CPF, os achados do artigo 2 mostraram que camundongos adultos Swiss expostos à DEX apresentaram fenótipo do tipo depressivo acompanhado de aumento do estresse oxidativo e disfunção na neurotransmissão glutamatérgica em CPF. Os resultados desse artigo indicam que o tratamento intragástrico durante sete dias com (p-ClPhSe)2 nas doses 5 e 10 mg/kg reverteu o fenótipo comportamental do tipo depressivo induzido por DEX. Além disso, o artigo 2 revelou a eficácia do composto nas doses 1, 5 e 10 mg/kg em reduzir os níveis de espécies reativas de oxigênio; bem como em aumentar a atividade das enzimas antioxidantes catalase, em todas doses testadas, e superóxido dismutase na dose de 10 mg/kg em CPF de camundongos expostos a DEX. O artigo 2 também demonstrou que o (p-ClPhSe)2 na dose de 10 mg/kg aumentou a captação e liberação de [3H] glutamato e diminuiu a atividade da enzima Na+/K+-ATPase, bem como o conteúdo proteico de EAAT1 e NMDA R2A em CPF de camundongos expostos a DEX. Em conjunto, os resultados desta tese contribuem para a compreensão dos efeitos deletérios induzidos por DEX em CPF de camundongos adultos Swiss. Além disso, os resultados revelam que a atividade antioxidante e a modulação do sistema glutamatérgico contribuem para o efeito antidepressivo do (p-ClPhSe)2 em camundongos adultos Swiss expostos à DEX com fenótipo do tipo depressivo, indicando que esse composto pode ser uma alternativa terapêutica para o tratamento da depressão.
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