Indicadores ecológicos no monitoramento da restauração de florestas ciliares no sul do Brasil
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Fecha
2021-04-12Primeiro membro da banca
Silva , Ana Carolina da
Segundo membro da banca
Kanieski, Maria Raquel
Terceiro membro da banca
Felker, Roselene Marostega
Quarto membro da banca
Müller, Sandra Cristina
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O monitoramento por meio de bons indicadores ainda é um desafio na avaliação dos resultados
de restauração ecológica. Métricas de diversidade funcional podem fornecer maior poder
explicativo para prever o sucesso da restauração e o funcionamento do ecossistema. O objetivo
geral desta tese é avaliar indicadores ecológicos para verificar a eficiência da restauração
florestal de Áreas de Preservação Permanente no Bioma Pampa, Rio Grande do Sul. No
primeiro estudo foram avaliados indicadores ecológicos de diversidade taxonômica e
diversidade funcional da regeneração natural e das árvores plantadas para verificar o sucesso
da restauração em três áreas (Caçapava do Sul, Minas do Leão e Pantano Grande) com plantio
em núcleo realizado há sete anos. Verificou-se que a riqueza de espécies regenerantes foi
semelhante em cada área, mas a riqueza de espécies plantadas foi inferior em Minas do Leão,
intermediária em Caçapava do Sul e superior em Pantano Grande. Houve diferença significativa
na composição florística de espécies plantadas e regenerantes. Os índices de diversidade
funcional foram semelhantes entre plantadas e regenerantes, com exceção da dispersão
funcional, apesar de Minas do Leão apresentar riqueza funcional baixa. Isso indica que mesmo
com riqueza de espécies e a riqueza funcional menor no plantio não implica em menor riqueza
de espécies e riqueza funcional de regenerantes. O segundo estudo teve o objetivo de analisar
a diversidade taxonômica e funcional como indicadores ecológicos da restauração de florestas
ciliares por restauração passiva há 14 anos, plantio em linha com 12 anos e plantio em núcleo
com idade de dois e sete anos. O estrato inferior da restauração passiva com 14 anos apresentou
valores superiores para riqueza, abundância, altura máxima, indivíduos e espécies zoocóricas e
clímax tolerante à sombra. O plantio em núcleo de dois anos apresentou os menores valores
para riqueza, abundância, diversidade e equabilidade e valor superior para número de
indivíduos e espécies pioneiras e anemocóricas no estrato inferior. A riqueza funcional do
estrato inferior foi semelhante entre restauração passiva há 14 anos e plantio em linha de 12
anos, o plantio em núcleo apresentou os menores valores e as idades de plantio de dois e sete
anos não diferiram estatisticamente pelo teste de Tukey. A uniformidade funcional, divergência
funcional e dispersão funcional foram semelhantes no plantio em linha de 12 anos, restauração
passiva há 14 anos e plantio em núcleo de sete anos, enquanto o plantio em núcleo de dois anos
apresentou os menores índices. Conclui-se que a nucleação é uma técnica eficiente para
restauração ecológica na região do estudo e favorece a alteração do micro-habitat e o retorno
de propágulos às áreas, mesmo com menor riqueza inicial de espécies plantadas. Os indicadores
de diversidade taxonômica e funcional são eficientes para demonstrar as diferenças no tempo
da trajetória sucessional. A diversidade taxonômica e funcional aumenta conforme o avanço
sucessional na idade de restauração. O plantio em núcleo e a restauração passiva devem ser
priorizados em relação ao plantio em linha, em paisagens com potencial para regeneração
natural.
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