Gerenciamento de resíduos em unidades de saúde de Santa Maria/RS: avaliação de uma ação da vigilância sanitária municipal
Fecha
2020-11-20Primeiro coorientador
Ries, Edi Franciele
Primeiro membro da banca
Cezar-Vaz, Marta Regina
Segundo membro da banca
Costa, Vânia Medianeira Flores
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Devido ao risco para com a saúde pública e meio ambiente é que se faz importante a adequada gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), principalmente por parte dos profissionais de saúde, que algumas vezes pela inobservância da legislação ou pela dificuldade de acesso a informação, é que apresentam dificuldades na tomada de decisão perante o manejo dos RSS. O presente estudo busca avaliar se uma intervenção em saúde realizada pela Vigilância Sanitária (VISA) da cidade de Santa Maria/RS contribuiu para a melhoria da gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) gerados nas Unidades de Saúde (US) do município. Trata-se, de um estudo quase-experimental, no qual se realizou duas inspeções sanitárias nas unidades de saúde, uma antes e outra após a intervenção em saúde realizada pela VISA local. A intervenção em saúde consistiu na capacitação de um ou dois profissionais de nível superior de cada unidade para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (GRSS) com teste de aproveitamento, bem como a posterior disponibilidade para consultoria técnica na área de GRSS via internet ou visita agendada durante o período de três meses, sendo realizada entrevista semi estruturada com um profissional de cada unidade após este período. Foram incluídas no estudo 25 unidades de saúde do município que, dentre os participantes da capacitação, 74% apresentaram aproveitamento quanto ao conhecimento adquirido, entretanto 76% não repassaram as informações adquiridas para sua equipe de saúde. Em entrevista, um total de 52 % dos participantes se sente capacitados para elaboração do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Saúde (PGRSS) de sua unidade, no entanto, 38% são de unidades que afirmaram não possuir e desconhecer o PGRSS. Os dados apresentados sinalizam que, apesar da redução nas inconformidades verificada durante a inspeção de retorno quanto ao acondicionamento de 44% das unidades e na identificação dos coletores de resíduos em 32% unidades, independente da intervenção do estudo, estas, não tiveram como consequência a redução das inconformidades na segregação que apresentou um aumento de inconformidades após a intervenção. Identificou-se, após intervenção, a redução de inconformidades no acondicionamento, gerenciamento dos resíduos perfurocortantes e armazenamento interno. Porém, essas práticas, não estiveram associadas com a intervenção em saúde que foi submetida (p>0,05). Portanto, a intervenção não surtiu efeito global sobre o PGRSS. O que pode ser consequência da falta de conhecimento teórico-prático nessa etapa do processo ou a ausência de práticas de Educação Permanente em Saúde (EPS) voltadas ao tema investigado, ou ainda a ineficiência de atividades pontuais de educação em saúde. Neste sentido, se faz necessário o fortalecimento do processo de EPS na atenção básica, contribuindo para a consolidação de valores ambientais, promovendo qualidade de vida associada à preservação e a sustentabilidade.
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