Atividade acaricida de siloxano organo-modificado e associações acaricidas em Rhipicephalus microplus
Fecha
2021-02-26Primeiro coorientador
Cargnelutti, Juliana Felipetto
Primeiro membro da banca
Rodrigues, Fernando de Souza
Segundo membro da banca
Corrêa, Tiago Gallina
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Através de seu hábito hematófago, causa danos a seu hospedeiro, que vão desde perdas produtivas à
transmissão de doenças. A principal alternativa ao controle desse ácaro é a utilização de produtos
químicos. Porém, o uso indiscriminado desses compostos contribuiu categoricamente na aceleração dos
processos de desenvolvimento da resistência dos carrapatos aos acaricidas, contribuindo para o cenário
atual onde a maior parte da população de carrapatos apresenta resistência a um ou mais princípios ativos
disponíveis no mercado, assim como suas associações. Com isso, o período entre tratamentos precisa
ser cada vez menor, tornando imprescindível a busca por novas opções de acaricidas. Desta forma, o
presente trabalho tem como objetivo determinar a atividade acaricida de siloxanos organo-modificados
em formulação única ou associado a diferentes produtos comerciais e ao butóxido de piperonila (BPO)
frente ao R. microplus. Foram realizados testes in vitro de imersão de teleóginas, utilizando 10 grupos
de tratamento: grupo controle (T1), siloxano 0,5% (T2), siloxano 1% (T3), siloxano 2% (T4), siloxano
0,5% + BPO 5% (T5), siloxano 1% + BPO 5% (T6), siloxano 2% + BPO 5% (T7), produto comercial
(T8), siloxano 0,5% + produto comercial (T9) e siloxano 1% + produto comercial (T10). Após a imersão,
as teleóginas foram incubadas em estufa com temperatura e umidade controladas (28ᴼC, >80% umidade
relativa do ar) por 14 dias para avaliação da ovipostura. Sob mesmas condições de umidade e
temperatura, os ovos aparentemente viáveis foram armazenados em tubos de ensaio e vedados com
algodão hidrófobo por 26 dias para avaliação da eclodibilidade. Paralelamente, foi realizado um teste
de imersão de teleóginas utilizando siloxano 5% e siloxano 2,5% + BPO 10% para avaliar as alterações
histopatológicas decorrentes da ação desses compostos. Para isso, foram formados 3 grupos: controle
(G1), tratados com siloxano 5% (G2) e tratados com siloxano 2,5% + BPO 10% (G3). Após imersão, as
teleóginas foram incubadas por 0, 2, 4, 8, 12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96, 120, 144 e 168 horas. Ao concluir
cada período estabelecido, cinco teleóginas correspondentes a cada um desses períodos foram imersas
em formol 10% para fixação e posterior confecção de lâminas para análise histopatológica. O siloxano
organo-modificado não associado apresentou eficácia acaricida de 93,88% na sua concentração de 2%.
Quando associado ao BPO 5%, atingiu 100% de eficácia em qualquer uma das concentrações testadas
(0,5, 1 e 2%) e associado aos produtos comerciais, o siloxano potencializou a eficácia dos mesmos. Nas
avaliações histopatológicas, observaram-se alterações celulares em ambos tratamentos. No grupo
tratado com siloxano (G2), observou-se desintegração celular total a partir de 120 horas e no grupo
tratado com siloxano + BPO (G3), a desintegração total foi observada a partir de 96h. Assim, o siloxano
organo-modificado caracteriza-se como opção no combate ao R. microplus, seja em sua forma pura ou
associada, podendo também ser usado como potencializador de produtos comerciais.
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