Análise econômica da cadeia produtiva do carvão vegetal em municípios do Vale do Taquari e Caí, RS
Fecha
2014-02-27Autor
Silva, Flávio Cunha Laureano da
Primeiro membro da banca
Schultz, Glauco
Segundo membro da banca
Arend, Silvio Cezar
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
No presente estudo objetivou-se analisar economicamente a cadeia produtiva do carvão vegetal em municípios do Vale do Taquari e Caí, Rio Grande do Sul. A região abrangeu os municípios de Brochier, Maratá, Paverama e Poço das Antas. Os subsídios foram obtidos com aplicação de questionários in loco, aplicados sob os elos principais da cadeia produtiva (viveiros florestais, produção de acácia-negra, produtores de carvão vegetal e embaladores de carvão vegetal). Com a utilização do processo de amostragem com probabilidade proporcional ao tamanho foram estabelecidas 123 propriedades rurais e 09 embaladores a serem entrevistadas. A análise econômica foi realizada com auxílio dos critérios: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Relação Benefício-Custo (B/C), Custo Médio de Produção (CMPr), Valor Anual Equivalente (VAE), Valor Presente Líquido Infinito (VPL∞), Valor Esperado da Terra (VET). A taxa média de atratividade utilizada foi de 6,8% a.a. Foram identificados sete viveiros florestais de mudas de acácia-negra, a maioria de laminado (57,1%), com semente de procedência (71,4%), casa de vegetação (71,4%) e sistema de irrigação por aspersão (57,1%). A região possui 1087 produtores de acácia, sendo 84,1% originários de mudas e 57,5% em consórcios com culturas agrícolas (plantio manual). Foram diagnosticados 3531 fornos de carvão, 46,3% do tipo rabo quente sem chaminé, 52,2% rabo quente com chaminé e 1,5% do tipo “Brochier”. O número de embaladores encontrados foi de trinta e três, sendo 45% com produção mensal de 10 a 20 toneladas. Além disso, foram identificados dezesseis empreendimentos de apoio. A produção de 300.000 mudas laminado e tubete foram consideradas viáveis economicamente, contudo a segunda opção apresentou Custo Total (R$20.839,55/ano) e CMPr (R$71,19/milheiro) menores, além de B/C maior (1,55). Dentre as opções propostas de produção de acácia negra (plantio puro e em consórcio com milho), o único cenário com inviabilidade econômica foi observado no Índice de Sítio 12 do plantio puro com valores de VPL (R$-129,85/ha), VAE (R$-19,76/ha/ano) e VPL infinito (R$-290,61/ha) negativos; de TIR (6,05%a.a) menor que a TMA; VET (R$4.709,39/ha) menor que o valor da terra; CMPr (R$59,30/m³) maior que o valor pago pela matéria prima. A produção de carvão vegetal mostrou-se viável economicamente nos três tipos de fornos, contudo os valores de CMPr (R$0,32/Kg) e B/C (1,94) foram mais atrativos com o processo realizado nos fornos tipo “Brochier” com lenha própria. No empacotamento de carvão, os valores mais atrativos foram relatados quando o carvão processado é próprio: Custo Total (80.408,50/ano); CMPr (0,69/Kg embalado) e B/C (1,59). Com isso conclui-se que apesar do nível tecnológico defasado empregado na cadeia produtiva do carvão vegetal no vale do Caí e Taquari as atividades são, em sua grande maioria, rentáveis economicamente.
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