Secagem da madeira de Eucalyptus grandis utilizando diferentes processos e impregnação de nanopartículas de prata

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Data
2021-02-26Primeiro membro da banca
Rosso, Silviana
Segundo membro da banca
Baldin, Talita
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Hodiernamente há um crescimento exponencial na utilização de madeiras do
gênero Eucalyptus nas indústrias madeireiras, principalmente em produtos com
maior valor agregado, como móveis e assoalhos. Tendo em vista sua
importância na indústria florestal e de comercialização da madeira, é notória a
necessidade de implantação de tecnologias que proporcionem uma madeira de
melhor qualidade e processos de secagem aprimorados. Por conta disso, o
objetivo deste estudo é avaliar a secagem da madeira de Eucalyptus grandis
utilizando diferentes processos de impregnação de nanopartículas de prata. Para
tanto, foram utilizadas toras dessa espécie, obtidas junto ao Departamento de
Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária - RS. Após a realização do desdobro e a
impregnação em autoclave laboratorial das nanopartículas de prata nas
concentrações de 40 e 100 ppm, em seguida, as tábuas nas dimensões de 2,5
x 10 x 31 cm, respectivamente, espessura, largura e comprimento foram
submetidas à secagem em câmara climatizada, com temperatura média de 20°C
e umidade relativa 65% e estufa laboratorial com circulação forçada com
temperatura constante de 60°C, para posterior ensaios de: teor de umidade, taxa
de secagem, defeitos, flexão dinâmica, flexão estática, biodeterioração e
molhabilidade. Os resultados mostraram que ocorreu maior perda de umidade
naquelas peças com impregnação de 40 ppm com secagem em estufa e câmara
climatizada, assim como, uma maior taxa de secagem em estufa. Além disso,
ocorreu maior incidência de defeitos naquelas madeiras impregnadas com 100
ppm e secas em estufa, sendo que aquelas com impregnação de 40 ppm e secas
nesse mesmo método apresentaram valores menores que a testemunha. Já a
massa especifica obteve valores médios semelhantes aos referenciados na
literatura para a espécie trabalhada. Ademais, o teste de flexão dinâmica
identificou maior resistência ao impacto nas madeiras impregnadas com 100
ppm e secas em estufa, enquanto o teste de flexão estática apresentou melhores
resultados para aquelas peças impregnadas com 40 e 100 ppm e secas em
câmara. Finalizando, os testes de biodeterioração não apresentaram resultados
significativos, porém, aquelas peças com impregnação de 100 ppm obtiveram
menor perda de massa. Além disso, o teste de molhabilidade indicou que as
tábuas com impregnação de 100 e 40 ppm mostraram maior potencial
hidrofóbico. A partir dos resultados do presente estudo, foi possível concluir que
a impregnação de nanopartículas de prata traz benefícios de resistência e
higroscopicidade para as madeiras do Eucalyptus grandis.
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