Técnica adaptada para determinação do índice proliferativo AgNOR em amostras citológicas de mastocitoma canino
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Data
2021-08-26Primeiro membro da banca
Bueno, Andressa
Segundo membro da banca
Dornelles, Guilherme Lopes
Terceiro membro da banca
França, Raqueli Teresinha
Quarto membro da banca
Castro, Verônica Souza Paiva
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Mastocitomas são proliferações neoplásicas de mastócitos pouco comuns na maioria
das espécies e frequentes em animais de estimação. A grande maioria ocorre na
derme e tecido subcutâneo e a etiopatogenia é desconhecida. Sua aparência clínica
varia amplamente e sempre deve ser considerado potencialmente maligno, podendo
estar associado à manifestação de sinais clínicos causados pela liberação de aminas
vasoativas que estão presentes nos grânulos dos mastócitos. Deve ser feita
investigação de possíveis metástases e, sempre que possível, remoção cirúrgica para
graduação histológica do tumor, que é o exame padrão-ouro na determinação
prognóstica do mastocitoma. O exame citopatológico é a ferramenta diagnóstica
inicial, de baixo custo, rápida e não invasivo para o diagnóstico do mastocitoma.
Recentemente, sistemas de graduação citológica do mastocitoma vem sendo
propostos, possibilitando a identificação precoce do grau do tumor, o que pode ser útil
para planejar estratégias de tratamento e discutir o prognóstico com o proprietário do
cão. Outros marcadores podem e devem ser empregados para identificar o índice
proliferativo do tumor, como a contagem de regiões organizadoras nucleolares
argirofílicas (AgNORs). Este trabalho busca gerar dados que auxiliem na
caracterização da apresentação do paciente com mastocitoma em associação ao
índice proliferativo AgNOR. Neste sentido, foram gerados dois manuscritos acerca da
abordagem prática do paciente canino com mastocitoma. No primeiro manuscrito, foi
padronizada uma técnica para determinar o índice proliferativo AgNOR coletadas
citológicas, através da qual possibilitou-se impregnar lâminas previamente coradas
com corantes de rotina, antecipando assim o índice proliferativo tumoral. No segundo
manuscrito, foram selecionados 63 casos de cães com mastocitoma, os quais tiveram
o índice AgNOR relacionado ao sexo, raça, local e grau citológico. Os achados
demonstram que não há predisposição sexual nem racial para elevados índices
AgNOR, mas em alguns locais anatômicos o desenvolvimento do mastocitoma possui
maiores índices proliferativos. Também observou-se que altos índices AgNOR estão
associados a mastocitomas de alto grau citológico, o que pode representar um pior
prognóstico. Dessa forma, sugere-se avaliar o paciente com mastocitoma no précirúrgico
através do estadiamento clínico conjuntamente à análise citológica e índice
AgNOR citológico para o adequado direcionamento das estratégias terapêuticas. A
utilização do marcador proliferativo AgNOR é vantajosa pois é de execução rápida e
fácil e fornece suporte para que a abordagem clínica tenha melhores resultados,
permitindo definir a necessidade de procedimentos terapêuticos complementares
além da remoção cirúrgica.
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