Novos bacteriófagos de Staphylococcus aureus oriundos de leite bovino: isolamento, caracterização e atividade antibiofilme bacteriano

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Date
2021-08-17Primeiro membro da banca
Kreutz, Luiz Carlos
Segundo membro da banca
Brum, Mario Celso Sperotto
Terceiro membro da banca
Pereira, Daniela Isabel Brayer
Quarto membro da banca
Cargnelutti, Juliana Felipetto
Metadata
Show full item recordAbstract
Os bacteriófagos ou fagos são vírus que possuem a capacidade de infectar e destruir as bactérias, por meio da lise celular. Esses vírus podem representar uma alternativa promissora para o tratamento das infecções bacterianas, especialmente àquelas causadas por agentes mutirresistentes às terapias antimicrobianas, como as mastites bovinas por Staphylococcus aureus, e no controle de biofilmes bacterianos. Sendo assim, os objetivos deste estudo foram: isolar e caracterizar fagos de S. aureus provenientes de leite bovino; testar a eficiência dos fagos frente aos isolados bacterianos de mastites bovinas; avaliar a capacidade dos fagos isolados de inibir e remover biofilmes bacterianos de isolados oriundos de mastites bovinas e cepas bacterianas. Na seção correspondente ao Capítulo 1 desta tese, apresenta-se um artigo científico de meta-análise, realizado com objetivo de investigar a eficiência de vários fagos de S. aureus frente a diferentes bactérias oriundas de mastites bovinas, confirmando a alta eficiência (80%) e especificidade da maioria dos fagos dos estudos incluídos na meta-análise. A seguir, no Capítulo 2, no manuscrito 1 objetivou-se realizar o isolamento de fagos oriundos de leite bovino. Estes fagos foram denominados B_UFSM1, B_UFSM3, B_UFSM4, e B_UFSM5 e, a partir da caracterização genômica e fenotípica de dois fagos temperados de S. aureus (B_UFSM4 e B_UFSM5), verificou-se que os mesmos pertencem à ordem Caudovirales, família Siphoviridae e gênero Biseptimavirus. Adicionalmente, com análise da eficiência de plaqueamento, verificou-se que os fagos B_UFSM4 e B_UFSM5 são capazes de infectar isolados de sua espécie hospedeira alvo e, também, possuem a habilidade de infectar outra espécie bacteriana, Rothiae terrae. Em seguida, no Capítulo 3, referente ao manuscrito 2, foi investigado se os fagos e duas combinações A (B_UFSM4 e B_UFSM5) e B (B_UFSM1, B_UFSM3, B_UFSM4 e B_UFSM5), apresentavam a capacidade de inibir e remover biofilmes bacterianos de Staphylococcus spp. e de Pseudomonas aureginosa oriundos de mastite bovina, bem como, de cepas-padrão bacterianas. Neste sentido, foi possível observar que os fagos e as combinações tiveram atividade antibiofilme e somente o fago B_UFSM4 não foi capaz de inibir a formação e/ou remover os biofilmes dos isolados e cepas-padrão bacterianas testadas. Dessa forma, conclui-se, que os fagos isolados, caracterizados e analisados deverão ser mais estudados para verificar o potencial uso como alternativa terapêutica clínica e no controle de biofilmes de S. aureus oriundos de mastite bovina. Adicionalmente, devido a pandemia COVID-19, ocorreram atrasos nos prazos estabelecidos para a finalização da avaliação e caracterização morfológica e molecular, dos fagos B_UFSM1 e B_UFSM3; sendo assim, estes resultados não puderam ser incluídos nesta tese.
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