Efeito das micotoxinas no estresse oxidativo, parâmetros bioquímicos séricos, microbiota cecal e morfometria intestinal de frangos de corte
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Data
2021-08-20Primeiro membro da banca
Dilkin, Paulo
Segundo membro da banca
Tonini, Camila
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Mostrar registro completoResumo
Essa pesquisa buscou avaliar os efeitos tóxicos das principais micotoxinas de interesse na
avicultura brasileira, trazendo em um único estudo a mensuração os efeitos tóxicos causados
por aflatoxinas, fumonisinas, deoxinivalenol e toxina T-2 em frangos de corte, avaliando
marcadores de danos oxidativos, bioquímica sérica, análise da microbiota cecal e morfometría
jejunal. Foram utilizados 60 pintos, machos, mantidos de 1-28 dias de idade. Os animais foram
dispostos aleatoriamente em 5 grupos, sendo: T1 (dieta basal, controle negativo), T2 (dieta basal
+ 2,8 mg.kg-¹ de aflatoxinas), T3 (dieta basal + 120 mg.kg-¹ de fumonisinas), T4 (dieta basal +
50 mg.kg-¹ de deoxinivalenol) e T5 (dieta basal + 3 mg.kg-¹ de toxina T-2). Foram realizadas
as seguintes análises na bioquímica sérica: proteínas totais, albumina, ácido úrico, colesterol,
triglicerídeos, cálcio, fósforo, alanino aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase
(AST). No plasma dos frangos utilizados no estudo foram mensurados as substâncias reativas
ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), proteína carbonilada (CARB) e a capacidade antioxidante
total (TAC). Um fragmento de jejuno foi coletado para avaliação da altura das vilosidades e
profundidade de criptas. Já do conteúdo cecal desses animais, foram feitos cultivos e contagem
Lactobacillus spp. e coliformes totais. A presença de aflatoxinas na dieta das aves promoveu
decréscimo nos níveis séricos de proteínas totais, albumina e colesterol. Fumonisinas
promoveram aumento da atividade de AST. A adição de toxina T-2 na dieta dos frangos levou
ao aumento da atividade de ALT e decréscimo nos níveis de proteínas totais. Deoxinivalenol
não alterou os parâmetros bioquímicos no presente estudo e os níveis de ácido úrico e
triglicerídeos não foram alterados com a presença das micotoxinas testadas nas dietas. A altura
das vilosidades foi modificada com a presença de aflatoxinas e fumonisinas na ração e
deoxinivalenol foi capaz de diminuir a profundidade de criptas e com isso alterar a relação
vilosidade/cripta. Já, a contagem de coliformes totais no ceco das aves foi aumentada em todos
os tratamentos contaminados com micotoxinas, entretanto a contagem de Lactobacillus spp.
não foi alterada no presente estudo. O nível de TBARS e CARB no plasma dos animais não
sofreu alteração com a presença de micotoxinas nas dietas, porém a TAC foi aumentada nos
tratamentos com aflatoxinas e deoxinivalenol. Os dados obtidos no presente estudo mostram os
efeitos micotoxinas sobre os parâmetros bioquímicos séricos, estresse oxidativo, bem como a
capacidade desses metabólitos tóxicos de afetarem o intestino e interagir com a microbiota
desse órgão.
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