Charles Dickens, educação infantil e democracia: uma visão de formação de indivíduos em Oliver Twist e Hard Times
Fecha
2020-06-19Primeiro membro da banca
Rocha, Ronai Pires da
Segundo membro da banca
Rosenfield, Kathrin Holzermayr Lerrer
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente trabalho investiga a visão crítica de Charles Dickens sobre o tema Educação tal como representada em Oliver Twist (1838) e Hard Times (1854). A descrição da experiência vitoriana de Educação, que encontra uma forte crítica na obra de Dickens, permite um vislumbre de problemas ainda existentes, entre os quais as relações entre educação e sensibilidade, educação e autoritarismo e educação e liberdade. Quando analisamos os personagens infantis e os personagens representantes da educação, percebemos que o ideal pedagógico de Dickens, tal como exposto nas duas narrativas, contempla o desenvolvimento amplo dos indivíduos por meio de métodos democráticos de ensino, concebidos não como uma forma de governo, mas como uma filosofia educacional que contempla tanto o corpo quanto a mente. Assim, na visão dickensiana, a Educação abrangente, que tem como objetivo principal o aperfeiçoamento do caráter dos sujeitos, é o caminho para uma harmonia social. No entanto, conforme analisamos, Oliver Twist, um dos primeiros romances do autor, se configura pelo alto nível de idealização e está assentado em valores essencialmente cristãos. Já Hard Times é incisivo em sua crítica à doutrina Utilitária e ensaia um movimento de ação social. Apesar das diferenças no tom das narrativas, ambas advogam pelo equilíbrio individual e social, mostrando um autor com princípios gregários. A fim de articular os valores estabelecidos no processo educativo da Era Vitoriana, com a crítica social de Dickens, a análise considera algumas ideias de Jeremy Bentham e John Stuart Mill, dois dos principais pensadores e filósofos utilitários atuantes no cenário educacional do período.
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