¡Este país! violência e trauma como experiências para pensar a literatura colombiana nas obras de Vallejo, Restrepo e Abad Facioline
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Fecha
2021-05-13Primeiro membro da banca
Calegari, Lizandro Carlos
Segundo membro da banca
Graziadei, Neiva Maria Mallmann
Terceiro membro da banca
Cerdeira, Phelipe de Lima
Quarto membro da banca
Cardoso, Rosane Maria
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este trabalho busca analisar a relação entre a violência e o trauma na literatura colombiana, mais especificamente, em três obras literárias. Primeiramente, tem-se El desbarrancadero, de Fernando Vallejo (2001), que registra o sentimento de negação ao país e ao comportamento humano, ao relatar as suas lembranças da morte do pai e da doença do irmão, além do acúmulo de vidas perdidas e do contexto de violência local. Outra obra é Delirio, de Laura Restrepo (2004), que é um romance que faz alusão ao trauma que foi ocasionado pelo contexto de violência em que vive a personagem central. Por fim, El olvido que seremos, de Héctor Abad Facioline (2006), que, ao passar 20 anos do evento, narra as lembranças do assassinato do pai. Para isso, o autor constrói estratégias narrativas que entrecruzam o contexto social e político da Colômbia com as sequelas da memória ferida. A análise relaciona as sequelas do conflito com a memória do trauma e a trajetória da violência. Apresenta-se uma breve revisão teórica em torno das diferentes concepções de violência, além da etimologia do problema no país e de algumas obras literárias que emergiram desse contexto. Na sequência, para refletir a respeito das narrativas, visitam-se alguns conceitos envolvendo a literatura de testemunho e a de testimonio no contexto hispano-americano. Le Goff (2013), Freud (1998), Ricoeur (2007) e Jelin (2012) são alguns teóricos que auxiliam na compreensão da memória do trauma, na relação da memória individual e coletiva e as interferências na construção de uma narrativa rememorada. Na sequência, verifica-se as estratégias discursivas apresentadas em Vallejo, Restrepo e Faciolince e em até que ponto autoficção e romance podem refletir as sequelas do conflito na narrativa do trauma. Verifica-se que os três autores elaboram a narrativa partindo do choque que ocasiona a memória do trauma, que vai constituindo as três narrativas que se solidarizam entre si na tentativa de narrar a dor de uma situação limite à compreensão.
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