Relação do tempo de trânsito faríngeo e presença de resíduo com dispneia e função pulmonar na doença pulmonar obstrutiva crônica
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Data
2019-07-12Primeiro coorientador
Mancopes, Renata
Primeiro membro da banca
Steidl, Eduardo Matias dos Santos
Segundo membro da banca
Albuquerque, Isabella Martins de
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Mostrar registro completoResumo
A deglutição é uma ação fisiológica que envolve um grande processo de ações voluntárias e
involuntárias e sua função é conduzir o alimento da cavidade oral até o estômago de forma
segura, principalmente, para proteger a via aérea. Além disto, necessita da concisa
coordenação de quatro fases indispensáveis para o trânsito do bolo alimentar da boca até o
estômago, iniciando pela fase preparatória oral e oral (voluntárias) e posteriormente fases
faríngea e esofágica (involuntárias), qualquer alteração em uma ou mais destas fases é
definida como disfagia. A etiologia das alterações de deglutição na Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica (DPOC), ainda não estão bem estabelecidas. Neste contexto, avaliar as
diferentes fases da deglutição juntamente com alterações características da DPOC torna-se
importante. Desta forma, a presente pesquisa teve como objetivo relacionar o tempo de
trânsito faríngeo e a presença de resíduo em valécula e seios piriformes com a dispneia e a
função pulmonar em indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Trata-se de um
estudo com delineamento observacional, descritivo e transversal com indivíduos adultos,
ambos os sexos, com diagnóstico clínico, realizado pelo pneumologista, e espirométrico de
DPOC, encaminhados ao Programa de Reabilitação Pulmonar pelo Serviço de pneumologia
do Hospital Universitário de Santa Maria. A amostra foi submetida à avaliação
antropométrica, para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), avaliação fisioterapêutica,
para caracterizar o impacto da doença no indivíduo, a dispneia e a função pulmonar. A
avaliação fonoaudiológica foi realizada por meio da videofluoroscopia da deglutição para
análise das variáveis tempo de transito oral, tempo de transito faríngeo e resíduos faríngeos.
Os exames foram analisados por meio do software Kinovea® por três juízes cegados. Foram
analisados 19 indivíduos (11 do sexo masculino e 8 do sexo feminino), com média de 63,8
anos e eutróficos. Não houve relação quanto as variáveis de TTF com função pulmonar e de
resíduo faríngeo com dispneia. O TTF, quando comparado com a normalidade, apresentou-se
aumentado. Concluímos que os indivíduos com DPOC, independente da gravidade da doença,
não manifestaram alterações na deglutição relacionados ao TTF e presença de resíduos em
valéculas e seios piriformes.
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