Qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e adoecimento em trabalhadores de enfermagem do turno noturno
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Date
2020-02-06Primeiro coorientador
Beck , Carmem Lúcia Colomé
Primeiro membro da banca
Miranda, Fernanda Moura D'Almeida
Segundo membro da banca
Dalmolin, Graziele de Lima
Terceiro membro da banca
Camponogara, Silviamar
Metadata
Show full item recordAbstract
Os trabalhadores de enfermagem estão expostos a riscos laborais e situações relacionadas ao contexto de trabalho, como o trabalho em turnos, em especial o noturno, que pode gerar danos físicos, psicológicos e sociais à saúde dos trabalhadores. O trabalho noturno é um dos principais fatores que contribuem para alterações do sono, influenciando na sua qualidade, na sonolência e repercutindo na saúde dos trabalhadores. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e adoecimento físico, psicológico e social em trabalhadores de enfermagem do turno noturno. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e correlacional, que utilizou o banco de dados do projeto matricial “Sonolência diurna excessiva e seus efeitos na saúde de trabalhadores de enfermagem de uma instituição pública”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 2.237.779. Definiu-se como critérios de inclusão ser enfermeiro, técnico em enfermagem ou auxiliar em enfermagem, atuar na assistência direta aos usuários e estar atuando no turno noturno durante o período de coleta de dados. A amostra foi estratificada por categoria profissional e utilizou confiança de 95%, erro amostral para proporção de 5%. O local de estudo foi um Hospital Universitário localizado no Rio Grande do Sul. Para coleta de dados, que ocorreu no período de setembro de 2017 a abril de 2018, foi utilizado um questionário sociolaboral e de aspectos relacionados à saúde, a Escala de Avaliação dos Danos Relacionados ao Trabalho, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e a Escala de Sonolência de Epworth. Utilizou-se a estatística descritiva e analítica, considerando estatisticamente significativo p<0,05. Os aspectos éticos foram respeitados. Participaram do estudo 139 trabalhadores, com média de idade de 42,6 anos (±9,47) e tempo de trabalho de 9,7 anos (±8,12); 35,3% sofreram acidente de trabalho e 18% se afastaram do trabalho. Danos físicos foram classificados como críticos (média geral=2,19). A maioria dos trabalhadores estavam em adoecimento físico (56,8%); apresentou qualidade do sono ruim (80,6%) e ausência de sonolência diurna excessiva (61,2%). Foram identificadas associações entre variáveis sociolaborais e sintomas de saúde e adoecimento físico, psicológico e social e qualidade do sono. Sonolência diurna excessiva associou-se com sintomas de saúde. A qualidade do sono associou-se ao adoecimento físico (p<0,05). Danos físicos, psicológicos e sociais se correlacionaram entre si; e a qualidade do sono se correlacionou com danos físicos e psicológicos. Concluiu-se que os trabalhadores de enfermagem do noturno adoecidos fisicamente e psicologicamente possuem pior avaliação do sono.
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