Contextos emergentes no Colégio de Aplicação: tessituras das docências na perspectiva inclusiva

Visualizar/ Abrir
Data
2020-12-11Primeiro membro da banca
Pereira, Sybelle Regina Carvalho
Segundo membro da banca
Santos, Eliane Aparecida Galvão dos
Terceiro membro da banca
Powaczuk, Ana Carla Hollweg
Quarto membro da banca
Henz, Celso Ilgo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A pesquisa aqui proposta vincula-se à Linha de Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria/RS. Propomos com este estudo compreender como os professores aprendem a docência no contexto da educação inclusiva. Para tanto, definimos a seguinte questão que orientou esta investigação: como os processos inclusivos mobilizam os processos de aprender e ensinar de professores que atuam no Colégio de Aplicação? Com vistas a responder a esta questão, elencamos o seguinte objetivo geral: compreender como os docentes do Colégio de Aplicação - CAp/UFRGS aprendem a docência no contexto inclusivo. Com vistas a concretizar esta pesquisa, estabelecemos como metodologia a abordagem narrativa sociocultural, a qual tem como premissa a pesquisa qualitativa. Os autores que sustentaram esta abordagem são: Bolzan (2001, 2007, 2017, 2019), Vygotski (2007, 2009, 2012), Bakhtin (2006) e Clandinin e Connelly (1995, 2015), Rossetto et al (2013). A produção e a interpretação dos achados da pesquisa se constituíram a partir de entrevistas narrativas, por meio das quais os professores colaboradores do estudo manifestaram as concepções e os percursos que compõem suas práticas docentes e como estes elementos refletem na organização do trabalho pedagógico. As reflexões teóricas que perpassam a compreensão da docência foram fundamentadas em Vygotski (2003a, 2003b, 2004, 2007, 2010, 2012a, 2012b) Leontiev (1978, 1984, 1988), Marcelo (1999), Vaillant e Marcelo (2012), Tardif (2014), Tardif e Lessard (2014a, 2014b), Imbernón (2009, 2010, 2015, 2016) e, no contexto brasileiro nos apoiamos em Freire (2013, 2016, 2018a, 2018b), Bolzan (2002, 2007, 2009), Arroyo (2013, 2014), Isaia (2010). Os processos inclusivos foram problematizados a partir de Freire (2013), Valle e Connor (2014), Carvalho (2010), Mantoan (2003, 2006, 2008), Diniz, (2007), Diniz et al (2009), Pletch (2014, 2020), Baptista (2009, 2011, 2013, 2019) e Freitas (2008). Ao tratar sobre os contextos emergentes, partimos dos estudos de Morosini (2014, 2016) e Bolzan (2017, 2019). Ainda, documentos internacionais e a legislação brasileira contribuíram para sustentar as discussões. Como resultados, esta pesquisa se estruturou a partir da construção de uma categoria que versou sobre o “ser professor” e os “processos inclusivos”, a qual denominamos: “Aprendizagem docente”. Tal categoria sustentou-se pelo entendimento de que não é possível compreender a profissão de professor sem considerar um contínuo processo de construção e [re]construção das práticas pedagógicas diante das realidades vivenciadas. E estas realidades são entendidas como contextos emergentes, os quais atravessam a docência por meio dos constantes desafios e possibilidades que se apresentam no cotidiano escolar. Finalizamos esta pesquisa indicando que os processos inclusivos necessitam ser assumidos como um princípio organizador da prática docente, que exige um contínuo processo de aprender. Da mesma forma, salientamos a importância de vislumbrarmos ações concretas no âmbito da educação básica, como forma de compreendermos que a marca da deficiência não deve ser a premissa, quando se trata da perspectiva inclusiva. Ao contrário, a diferença e a diversidade são características que perpassam o humano, a escola e as relações que nela se estabelecem.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: