A reforma do ensino médio: (des)caminhos da educação brasileira educação
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Data
2021-07-29Primeiro membro da banca
Ferreira, Liliana Soares
Segundo membro da banca
Hypolito, Álvaro Luiz Moreira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho teve como objeto de estudo a “nova” reforma do ensino médio, examinando o contexto de desenvolvimento da proposta, assim como seu conteúdo político-pedagógico. Como metodologia foram adotados os fundamentos da abordagem qualitativa, lançando mão da pesquisa bibliográfica, a partir da qual foram analisados os textos da reforma do ensino médio, a lei nº 13.415/2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2018) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM/2018) da reforma, e também a análise das orientações e concepções políticas e educacionais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O trabalho teve como orientação investigar o contexto, as influências, os sujeitos e instituições envolvidos, no processo de tramitação e aprovação da reforma e compreender os sentidos políticos e educacionais (implícitos e explícitos) materializados na reforma do ensino médio, instituída através da Lei n. 13.415/2017, da BNCC do ensino médio e das DCNEM 2018. Os objetivos específicos pautaram-se em: analisar as principais alterações promovidas pela Lei n. 13.415/2017 e pelas DCNEM/2018; debater a proposta curricular e os fundamentos político-pedagógicos presentes na BNCC/2018; compreender de que maneira a reforma se insere no contexto de ofensiva de políticas neoliberais; analisar em que medida essa reforma se articula com os interesses empresariais; analisar os possíveis efeitos da reforma curricular no trabalho dos professores do ensino médio. A pesquisa evidencia a ofensiva do capital sobre a educação, esta materializada na classe burguesa influenciando e cooptando a esfera estatal com vistas a refundar o imaginário social, a formação da classe trabalhadora e as concepções pedagógicas que balizam a educação pública no país. Compreende-se que a reforma constitui um aprofundamento dos processos privatizantes já enfrentados no ensino médio, assim como concorre para a precarização do ensino, precarização e controle sobre o trabalho dos professores, para a formação flexível e pragmática dos jovens, transformando o ensino médio em etapa final da educação para a maioria dos jovens brasileiros.
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