O ambiente de potencial formação (APF) como mediação para a acessibilidade de estudantes com deficiência na educação superior a distância
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Data
2021-01-22Primeiro membro da banca
Pavão, Silvia Maria de Oliveira
Segundo membro da banca
Brabo, Gabriela Maria Barbosa
Terceiro membro da banca
Sonza, Andrea Poletto
Quarto membro da banca
Pereira, Josefa Lídia Costa
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente pesquisa de Doutorado foi realizada no Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia da Educação e Educação Inclusiva (GEPEIN), que se insere na Linha de Pesquisa 3 - Educação Especial, Inclusão e Diferença, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFSM). Objetivou analisar as contribuições de um processo formativo, nos moldes do Ambiente Potencial de Formação (APF), com tutores/professores, visando à acessibilidade de estudantes com deficiência na educação a distância (EaD). Como objetivos específicos, buscou-se: apresentar as possibilidades teóricas da educação especial, por meio de uma formação que visa compartilhar, com professores e tutores, reflexões teóricas, ações e recursos que suscitem a acessibilidade dos discentes com deficiência; promover experiências de Acessibilidade na EaD, disponibilizando ferramentas e suporte para as ações e recursos do ensino superior a distância; e, por último, verificar as possibilidades metodológicas de acessibilidade na plataforma Moodle. A abordagem metodológica é de cunho qualitativo, adotando os aspectos operacionais da pesquisa do tipo intervenção, seguindo a definição de Damiani et al. (2013). A pesquisa do tipo intervenção possui como plano de base a Teoria Histórico-Cultural da Atividade, na versão desenvolvida por Yrjö Engeström. A sua operacionalização ocorreu por uma formação semipresencial, no Ambiente de Potencial Formação (APF), que está baseado nos conceitos desenvolvidos pelo Laboratório de Aprendizagem de Engeström (2009). A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas, antes e depois da formação, com os estudantes, tutores especializados e tutores a distância. A análise dos dados obtidos ocorreu por meio da técnica Análise de Conteúdo, com base em Bardin (2008), e foi dividida em duas grandes categorias: a primeira está direcionada à influência da reserva de vagas e o ingresso de estudantes com deficiência no ensino superior. A segunda relaciona-se diretamente às percepções, formulações e possibilidades vivenciadas na formação do APF. Os resultados apontam que a formação do APF objetivou proporcionar a expansão do objeto de atividade por parte dos professores, por meio de uma mediação sobre a temática de acessibilidade de discentes público-alvo da educação especial na EaD. Registra-se que as influências de um processo formativo para a acessibilidade foram perceptíveis no discurso e/ou nas práticas docentes que participaram do APF, podendo transcender os sistemas de atividade para os quais foram idealizados e repercutir impactos em outros locais históricos e sociais que estes sujeitos vivenciam. Visualiza-se que o APF pode oportunizar melhorias nas condições de permanência e promoção da aprendizagem dos discentes público-alvo da educação especial, com mais equidade. Assim, os resultados indicam que os processos formativos para a acessibilidade, nos moldes do APF, são potenciais mediadores da ampliação da consciência e da atividade instrumental (uso de signos e ferramentas), influenciando diretamente os participantes da formação, e indiretamente, mas de forma coletiva, os seus discentes público-alvo da educação especial.
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