Estudos sobre a deterioração fúngica no segmento de panificação
Fecha
2020-03-02Primeiro membro da banca
Costa , Paula Fernanda Pinto da
Segundo membro da banca
Bernardi, Angélica Olivier
Terceiro membro da banca
Lovatto, Marlene Terezinha
Quarto membro da banca
Menezes, Cristiano Ragagnin de
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O pão é um dos alimentos mais antigos e mais consumidos em todo o mundo e a contaminação deste alimentos por fungos filamentosos é relacionada à perdas econômicas. A investigação das causas e das principais espécies responsáveis pela deterioração destes alimentos, bem como medidas efetivas de controle devem ser estudadas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar hábitos de consumo e a percepção de consumidores brasileiros sobre deterioração fúngica em pães; investigar e identificar a fonte dos principais fungos presentes no ambiente industrial e de padarias e envolvidos na deterioração de pães, avaliando formas de controle através de estudos de inativação fúngica pelo calor e utilização de ácidos orgânicos. Nosso estudo demonstrou que no Brasil, o principal tipo de pão consumido é o “francês” e que, entre os entrevistados, a maioria descarta o pão quando uma das fatias está visivelmente mofada. Além disso, o mofo verde/azul é o mais observado em todo o território brasileiro. Em uma indústria de médio porte, Penicillium roqueforti (mofo verde/azul) e Hyphopichia burtonii (mofo branco) eram as principais espécies responsáveis pela deterioração de pão fatiado e estes fungos também estavam presentes nas matérias-primas utilizadas na fabricação destes alimentos, bem como no ar do ambiente de processamento. Apesar de estarem presentes nas matérias-primas e serem responsáveis pela posterior deterioração, nosso estudo revelou que a contaminação por P. roqueforti e Penicillium paneum é reduzida durante o assamento. Em padarias, uma baixa correlação foi encontrada entre as boas práticas na produção de alimentos e a contaminação fúngica do ar destes estabelecimentos. Quanto ao uso de conservantes, o sorbato de potássio foi o conservante mais efetivo no controle do crescimento das cepas fúngicas isoladas de pães deteriorados do que o propionato de cálcio, e Paecilomyces variotii (PV10) foi o fungo mais resistente mesmo nas concentrações mais elevadas dos conservantes (128 mM) testadas. Por fim, cuidados com a qualidade da matéria-prima bem como a higienização correta do ar ambiente estão entre as alternativas para o controle da contaminação fúngica e consequente aumento da vida útil de pães, haja vista que cepas isoladas de pães mofados se mostraram resistentes aos conservantes testados.
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