Os processos formativos de estudantes cotistas autodeclarados pretos e pardos e os contextos emergentes na UFSM
Fecha
2021-02-12Primeiro coorientador
Henz, Celso Ilgo
Primeiro membro da banca
Fonseca, Dagoberto José
Segundo membro da banca
Macedo, João Heitor Silva
Terceiro membro da banca
Veiga, Adriana Moreira da Rocha
Quarto membro da banca
Melo, Ana Lúcia Aguiar
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta tese insere-se na Linha de Pesquisa – LP1 Docência, Saberes e Desenvolvimento Profissional (LP1), do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e apresenta como temática de pesquisa os processos formativos de estudantes cotistas autodeclarados pretos e pardos. Propomos, como objetivo geral, compreender como ocorrem os processos formativos dos estudantes cotistas que cursam graduação no campus Camobi, da Universidade Federal de Santa Maria; visando ‘conhecer a trajetória pessoal desses estudantes’, ‘identificar a implicação dos processos formativos na aprendizagem da profissão’ e, por fim, ‘reconhecer os contextos emergentes nos quais eles estão imersos’. Para tanto, realizamos uma pesquisa qualitativa assentada na abordagem narrativa sociocultural apresentada por Bolzan (2001, 2002), que desenvolveu essa proposição metodológica a partir dos estudos de Bakhtin (1995, 2003), Connelly e Clandinin (1995), Freitas (1998, 2002) e Vygotsky (1994, 2013). Iniciamos a investigação com o mapeamento das teses publicadas em âmbito nacional, entre os anos de 2012 e 2017, sobre a temática da pesquisa, procedemos para análise dos principais documentos legais que tratam do assunto e, posteriormente, realizamos entrevistas narrativas por meio de tópicos guia com nove estudantes que ingressaram pelo Sistema de Reversa de Vagas. Esse processo, fundamentado teoricamente pelas produções de Almeida (2019), Bastos (2014), Bourdieu (1998), Silva Filho (2013), Fonseca (2009), Freire (1969, 1985), Gomes (2002a, 2002b, 2002c), Grisa (2015), Melo (2007), Piovesan (2015), Ribeiro (2017, 2019), Santos (2005), Zoninsein e Feres Júnior (2008), entre outras que debatem sobre a formação de estudantes, o ingresso e a permanência de alunos cotistas no ensino superior, explicitou a existência de uma categorial central – processos formativos –, a qual é constituída pelas dimensões trajetória formativa e cultura institucional. Essas dimensões foram estruturadas por elementos categoriais que nos permitiram inferir, ao término da escrita do relatório de tese, que o contexto familiar e os processos de escolarização deixam marcas significativas na trajetória formativa do estudante, implicando no momento da inserção no ensino superior; a universidade, por sua vez, ainda se movimenta a partir de uma dinâmica institucional que não vislumbra a presença dos estudantes autodeclarados pretos e pouco promove debates sobre a diversidade cultural, não notabiliza e valoriza a presença do negro e, por fim, divulga a importância das ações afirmativas para tornar o espaço acadêmico realmente democrático e plural.
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