A presença do governo japonês e sua política para a preservação de memória, da identidade e perpetuação da etnia japonesa no exterior: Brasil, século XX
Fecha
2019-12-16Primeiro membro da banca
Remedi, José Martinho Rodrigues
Segundo membro da banca
Zanini, Maria Catarina Chitolina
Terceiro membro da banca
Ramos, Eloisa Helena Capovilla da Luz
Quarto membro da banca
Vendrame, Maíra Ines
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Quando o Japão reinicia a abertura dos portos para o exterior em 1603, não havia concepção entre os japoneses da unicidade como uma nação. Assim, o Japão precisou reconfigurar a estrutura enquanto estado-nação e forma de governo. Nesse contexto, o país do sol nascente aparece pela primeira vez na história mundial como uma nação una, hino e a bandeira própria, seguindo o modelo dos países ocidentais. A Constituição Meiji é elaborada e promulgada como primeira Magna Carta do Japão Moderno. Em relação à identidade nacional, ao estudar sistemas de governo, economia, cultura e tecnologia do ocidente, os diligentes perceberam que havia necessidade de criar uma identidade nacional, viabilizar a modernização do país assim como a expansão territorial. De fato, depois de Imperador Meiji ter assumido o trono, houve a dominação japonesa na Ásia e no Pacífico, como colonização de ilhas do Pacífico, invasão a Taiwan (1874) e anexação do reino de Okinawa em 1872, como ocorria à moda ocidental de colonização. Sendo Hokkaido o território nacional, empenhou em desbravá-lo e ocupa-lo, com assentamento d soldados com suas famílias. Em 1894-1895 ocorrem guerra sino-japonesa, seguido de guerra russo-japonesa, em 1904-1905, com o Japão vitorioso. Em 1910, a Coréia é anexada, como colônia japonesa. Os símbolos nacionais como hino e bandeira nacional foram apresentados ao povo. A figura do Imperador foi apresentada como soberano máximo e representativo do povo japonês. Essa imagem mítica do imperador se mantém até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando, através do sagrado pronunciamento imperial, se autodeclara pessoa comum, com a decisão da rendição incondicional para os aliados para salvar o seu povo. Neste contexto, esta proposta tem como objetivo investigar a representatividade da figura do imperador do Japão desde a Restauração Meiji, como representante dos japoneses, tanto os nacionais como as pessoas de origem. Ainda, dentro do contexto da política de expansão do povo japonês além do território nacional, investigar se esse movimento continuou mesmo após a Segunda Guerra Mundial e sendo afirmativo, qual a nova estratégia o Japão passou a adotar em relação ao mundo. Havendo essa política, identificar como é realizada a preservação da memória coletiva como povo japonês, considerando que os mesmos estão alocados nos territórios geopolíticos externos ao Japão. Para a coleta de dados, além de pesquisa documental e bibliográfica, foram realizadas pesquisas de campo, sobretudo a de observação de comportamentos atinentes a cultura característico dos japoneses, com o fim de demonstrar que, no mundo em que o deslocamento humano se torna cada vez mais frequente em que o processo de integração regional ocorre de forma contínua, é possível os povos manterem sua identidade cultural e memória, enquanto uma etnia própria, tendo o Estado como protagonista.
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