Toxidez por cobre e zinco na germinação de sementes e no desenvolvimento de trigo mourisco
Fecha
2020-02-21Primeiro membro da banca
Stefanello, Raquel
Segundo membro da banca
Bertagnolli, Carla Medianeira
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Na cultura da videira devido ao clima favorável para as doenças fúngicas foliares são indispensáveis aplicações sucessivas de fungicidas. O mais utilizado é a calda bordalesa, constituída principalmente de cobre (Cu). Diante disso, houve um aumento significativo no teor desse elemento no solo, chegando a teores tóxicos para as plantas. Desta forma, recentemente, tem-se buscado alternativas de substituição desse produto, afim de diminuir a quantidade de Cu nesses vinhedos. Uma alternativa encontrada foi a substituição por fungicidas constituídos por zinco (Zn). O aumento desses elementos disponíveis no solo pode prejudicar o desenvolvimento tanto da videira quanto das plantas de cobertura. O trigo mourisco (Fagopyrum esculentum Moench) é uma ótima opção para cobertura de solo devido à elevada produção de massa seca, baixo custo e alto grau de rusticidade. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do excesso de Cu e Zn isoladamente sobre processos de germinação, crescimento e desenvolvimento do trigo mourisco. Para isso foram realizados dois estudos e analisadas variáveis fisiológicas e bioquímicas em plântulas e plantas de trigo mourisco. Os tratamentos foram compostos de duas cultivares IPR 92 Altar e IPR 91 Baili, onde cada cultivar foi submetida a distintos tratamentos de Cu e Zn. O estudo I foi conduzido em laboratório e dividido em dois experimentos. No experimento I as concentrações de Cu utilizadas foram de 0, 5, 10, 15 e 20 mg L-1 (na forma de CuSO4) e no experimento II o Zn foi aplicado nas concentrações 0, 8, 16, 24 e 32 mg L-1 de ZnSO4 (60%) e ZnCl2 (40%). Foram avaliadas variáveis fisiológicas e bioquímicas ligadas ao estresse oxidativo nas plântulas, e o efeito citotóxico. Para o estudo II, o qual também foi dividido em dois experimentos, foram cultivadas plantas de trigo mourisco até o pleno florescimento, conduzido em vasos, onde no experimento I as concentrações de Cu utilizadas foram de 0, 2, 4 e 6 mg L-1 (na forma de CuSO4) e no experimento II foram utilizadas concentrações de Zn nas doses de 0, 3, 6, 9 e 12 mg L-1 de ZnSO4 (60%) e ZnCl2 (40%). Foram avaliadas variáveis fisiológicas, nutricionais e bioquímicas ligadas ao estresse oxidativo. No estudo I as concentrações de Cu e Zn utilizadas não foram significativas para provocar danos ao processo germinativo, porém causaram toxicidade moderada às plantas de trigo mourisco evidenciado através da diminuição das variáveis de crescimento. O sistema de defesa antioxidante das plantas de trigo mourisco foi ativado e suficientemente eficaz para reverter a condição de estresse, especialmente nas plântulas submetidas às doses de Zn. Desse estudo foi possível concluir que o trigo mourisco apresenta potencial no estabelecimento inicial, sendo adequado quando utilizada como planta de cobertura em ambiente com excesso de Cu e de Zn. No estudo II as concentrações de Cu e Zn utilizadas causaram toxicidade nas concentrações mais extremas, evidenciado através da diminuição no crescimento das plantas. O sistema de defesa antioxidante das plantas de trigo mourisco foi ativado e eficaz para reverter a condição de estresse. Concentrações de até 2 mg L-1 de Cu e 6 mg L-1 de Zn não causaram danos ao desenvolvimento das plantas das cultivares IPR 91 Baili e IPR 92 Altar de trigo mourisco, podendo evidenciar seu potencial quando utilizada como planta de cobertura quando cultivada em ambiente com excesso de Cu e de Zn.
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