Análise e proposta de gestão para a qualidade de informação do registro hospitalar de câncer do Hospital Universitário de Santa Maria – RS
Fecha
2021-10-07Primeiro membro da banca
Horner, Rosmari
Segundo membro da banca
Araújo, Maria do Carmo
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução: O câncer no Brasil tornou-se um problema efetivo de saúde pública com o
aumento do número de novos casos/ano. A Organização Mundial da Saúde recomenda que
para o enfrentamento do câncer sejam postas em prática ações para promoção e
fortalecimento de planos nacionais de controle do câncer, construção de redes internacionais,
parcerias e intervenções para detecção precoce organizada e baseada em evidências. No
Brasil, a rede de Registro Hospitalar de Câncer (RHC) é liderada pelo INCA e, os hospitais
integrantes encaminham seus dados anualmente. Objetivos: Estabelecer métodos para
garantir a qualidade das informações desde a identificação de casos de tumor bem como
completude e consistência dos dados coletados e enviados pelo RHC do Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM). Materiais e métodos: Foi realizado um estudo
retrospectivo, exploratório, de abordagem qualitativa e quantitativa, em dados de
preenchimento obrigatório que foram consolidados e registrados no RHC do HUSM nos anos
2017, 2018 e 2019. Os dados foram tabulados no Software Microsoft Excel e as análises das
frequências simples e cruzadas foram realizadas no Software Statistical Analisys System
(SAS). Resultados e discussão: Foram analisados os bancos de dados de três anos
consecutivos, 2017, 2018 e 2019, totalizando 4731 pacientes. A análise da completude de 35
variáveis da ficha de tumor, evidenciou cinco itens com incompletudes ruim e dois com muito
ruim que foram acuradamente analisados. Apresentaram semelhança quanto ao sexo e a
idade (100% de completude). A escolaridade, mostrou um grau de completude excelente, já
a ocupação, uma incompletude média de 47,22% (ruim). Para o TNM, as incompletudes
foram com qualidade muito ruim para os anos de 2017 (74,97%) e 2018 (65,55%) e, ruim em
2019 (47,06%); o estadiamento teve incompletudes ruins, 34,78%, 48,63% e 34,58%, nos
anos de 2017, 2018 e 2019 respectivamente. O histórico familiar, de consumo de bebida
alcoólica e de consumo de tabaco evidencia incompletudes médias (ruim) de 36,08%, 31,26%
e 20,78%, respectivamente. Os itens TNM e estadiamento que são parâmetros necessários
tanto para decisão terapêutica como para o ressarcimento financeiro para a instituição.
Fatores ambientais, ambiente cultural (estilo, costumes e hábitos de vida) e ambiente
ocupacional assim como as características hereditárias, familiares e étnicos são importantes
para definição de condutas clínicas e de prevenção e nortear ações em educação em saúde.
Assim a completude excelente ou incompletudes de dados são primordiais para os fins a que
se propõe o RHC. Conclusão: Para aprimorar a qualidade das informações no RHC do HUSM
foram formulados procedimentos operacionais padrão e um plano de ação, utilizando a
ferramenta 5W1H, para tornar as rotinas mais efetivas e fidedignas tanto na descrição como
para a coleta dos dados e no preenchimento da ficha do RHC. Assim todos os dados do RHC
poderão ser utilizados na íntegra, contribuindo para as pesquisa e decisões de vigilância,
prevenção e proteção no âmbito regional e nacional.
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