Produtividade de grãos, da água e emissão de gases de efeito estufa sob práticas alternativas de irrigação em arroz
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Date
2021-11-26Primeiro coorientador
Nicoloso, Fernando Teixeira
Primeiro membro da banca
Michelon, Cleudson José
Segundo membro da banca
Köpp, Luciana Marini
Terceiro membro da banca
Petry, Mirta Teresinha
Quarto membro da banca
Giacomini, Sandro José
Metadata
Show full item recordAbstract
As áreas de terras baixas da metade Sul do Rio Grande do Sul são predominantemente cultivadas com a cultura do arroz irrigado por superfície no sistema de inundação contínua. Esse método de irrigação se caracteriza pela baixa eficiência do uso da água e elevada emissão de gases de efeito estufa. Diante do atual cenário de mudanças climáticas e escassez de água, a busca por métodos e/ou sistemas de irrigação alternativos que sejam eficientes quanto ao uso da água, que promovam elevado rendimento e qualidade dos grãos produzidos, bem como proporcionem redução da emissão de gases de efeito estufa tem sido um desafio constante à pesquisa e ao setor produtivo. Nesse sentido, a irrigação por superfície no sistema de inundação intermitente e por aspersão surgem como alternativas à tradicional irrigação por inundação, visando a redução do uso de água e menor impacto ambiental. Embora esses métodos de irrigação possam promover redução do uso da água, as plantas podem ser afetadas negativamente pela redução da disponibilidade hídrica. Quando associada a condições de elevada demanda evapotranspirativa, a redução na disponibilidade de água provocada por práticas alternativas de irrigação, podem provocar alterações morfofisiológicas em plantas de arroz, promovendo redução do seu crescimento e desenvolvimento, com reflexos sobre o rendimento e a qualidade de grãos da cultura. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho agronômico e as modificações morfofisiológicas de cultivares de arroz submetidas a diferentes métodos e sistemas de irrigação, bem como sua influência sob a produtividade da água de irrigação (Capítulo I); avaliar os componentes do rendimento e a qualidade de grãos de cultivares de arroz submetidas a métodos e sistemas de irrigação (Capítulo II), bem como a influência de métodos e sistemas de irrigação sobre as emissões de metano e de óxido nitroso, o potencial de aquecimento global parcial e a relação com a produtividade de grãos de cultivares de arroz irrigado (Capítulo III). Para isso, foram conduzidos experimentos nas safras 2019/20 e 2020/21 na área didático-experimental de terras baixas da Universidade Federal de Santa Maria. Como principais resultados obtidos, verificou-se que a irrigação intermitente proporciona redução do uso de água sem prejuízo a produtividade e a qualidade de grãos de arroz. Todavia, devido a intensidade da intermitência utilizada, a emissão de metano e óxido nitroso não foram afetadas, sendo o PAGp/PG semelhante ao verificado pela irrigação contínua. A irrigação por aspersão promove redução do uso de água, no entanto, com redução do acúmulo de matéria seca da parte aérea e de raiz, do acúmulo de nutrientes, dos parâmetros relacionados à fotossíntese, do número de grãos por panícula e da produtividade de grãos. Além disso, a irrigação por aspersão obteve maior percentual de grãos opacos e gessados e reduziu o rendimento de grãos inteiros de arroz. Quanto a emissão de gases de efeito estufa, a aspersão proporcionou a redução da emissão de metano do solo em cultivo de arroz, porém, potencializou as emissões de óxido nitroso. A cultivar IRGA 431 CL proporciona redução do uso de água e maior produtividade da água de irrigação, sem prejuízo a produtividade de grãos, com menor percentual de grãos opacos e gessados e maior rendimento de grãos inteiros quando comparado a cultivar IRGA 424 RI. Os fluxos e a emissão total de metano e óxido nitroso, bem como o potencial de aquecimento global parcial não foram influenciados pelas cultivares de arroz, contendo valores semelhantes de PAGp/PG.
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