Famílias que vivem na CEU/UFSM: crianças, mães e fragmentos de sua cotidianidade
Fecha
2020-10-23Primeiro membro da banca
Tomazzetti, Cleonice Maria
Segundo membro da banca
Lima, Graziela Escandiel de
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta dissertação tem como temática o estudo sobre as infâncias e a produção de culturas infantis na cotidianidade a partir das relações estabelecidas entre crianças-jovens, crianças-adultos e crianças-crianças. Objetiva investigar o cotidiano das crianças que vivem na Casa do Estudante Universitário (CEU) com as suas mães, por meio dos diálogos, das relações e dos movimentos, considerando as culturas produzidas nesse contexto, partindo do seguinte questionamento: que histórias sobre si e sobre suas experiências cotidianas nos contam as crianças e suas mães que moram na CEU? Para tanto, este trabalho está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e à linha de pesquisa LP2 – Políticas públicas educacionais, práticas educativas e suas interfaces. A metodologia é qualitativa, sustentada pela cartografia em educação e por alguns aspectos da etnografia, assim como se fundamenta teórico-metodologicamente na bricolagem, em que o registro no diário de campo, a fotografia e o mapeamento descritivo do território foram algumas das técnicas para a produção de dados. A pesquisa foi realizada na CEU, localizada na UFSM, onde foram realizadas visitações, de acordo com a disponibilidade das famílias. Nessas visitações, foram propostas aproximações entre a pesquisadora e as crianças, mediante conversas e brincadeiras, em que diálogos foram estabelecidos. Para o embasamento teórico, foram utilizados autores e autoras como Melucci (2004), Corsaro (2005; 2011; 2009), Oliveira e Paraíso (2012), Barros e Kastrup (2015), Heller (1970), Demause (1982), Del Priore (2016), entre outros/as. Esta pesquisa possibilitou-nos analisar o serviço de assistência estudantil oferecido pela UFSM, demonstrando a importância de valorizarmos essa universidade pública, gratuita e de qualidade, referência no Brasil e na América Latina em assistência estudantil. As famílias, constituídas pelas crianças e suas mães, contaram suas histórias, que, de maneira descritiva, possibilitaram-nos construir um mapa. As mães contavam suas histórias como um desabafo, falavam sobre seus desafios diários, sobre a forma como organizavam suas rotinas ou sobre a assistência estudantil que recebiam; já as crianças contavam suas histórias quando decidiam convidar a pesquisadora para brincar e, então, construíam enredos e diálogos, levando para a brincadeira inúmeros elementos culturais. Assim, as mães e as crianças contavam suas histórias pelas relações estabelecidas com os outros e com a pesquisadora, pelos seus sorrisos, pelos abraços e até mesmo pelas negativas às visitas e à participação na pesquisa. As histórias, portanto, eram contadas nos meandros, nas entrelinhas e nas produções resultantes do cotidiano.
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