Extensão rural pública em Angola: do modelo colonial à implementação das escolas de campo para agricultores
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Data
2022-01-14Primeiro membro da banca
Diesel, Vivien
Segundo membro da banca
Balem, Tatiana Aparecida
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação tem como objetivo geral descobrir como se dá a implementação das
Escolas de Campo para Agricultores nas regiões centro e norte de Angola, bem como
revelar a percepção dos extensionistas sobre esta abordagem quanto às suas vantagens e
limitações. Como objetivos específicos, buscou-se descrever a origem, definição e
fundamentos da Extensão Rural; identificar as diferentes transformações verificadas nos
serviços de extensão rural públicos ao longo da história de Angola e a sua relação com o
contexto político e social; analisar a aplicação das Escolas de Campo no contexto do
projeto MOSAP II – Angola: suas potencialidades e limites do ponto de vista dos
extensionistas rurais que atuam dentro do projeto. A construção e condução deste estudo
envolveram estes três processos metodológicos: pesquisa bibliográfica, realizada em
livros, periódicos e documentos disponíveis na internet; levantamento e questionário
semiestruturado submetido aos agentes de extensão de Angola. Os achados nos
permitiram identificar que a introdução dos serviços de Extensão Rural ocorreu em
Angola nos anos de 1960 a 1970, por intermédio de uma cooperação entre o governo
brasileiro, o governo português e o Departamento de Estudos Africanos do Instituto para
a Pesquisa Econômica de Munique (IFFO). Os primeiros serviços foram adaptados da
extinta Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado de Santa Catarina
(ACARESC), do estado de Santa Catarina (Brasil). A ACARESC utilizava uma
abordagem metodológica apoiada no difusionismo. Com as críticas a esse modelo de
intervenção, Angola buscou adotar abordagens amparadas na participação dos distintos
agentes locais nos processos de intervenção no meio rural, com a introdução das Escolas
de Campo para Agricultores, a partir de 2005, como a principal abordagem da ação
extensionista. O primeiro momento da pesquisa de campo procurou identificar o perfil
dos extensionistas. O segundo momento permitiu compreender como a ação extensionista
ocorre na prática, por meio da sua atuação dentro das Escolas de Campo, conduzidas pelo
projeto MOSAP nestas três províncias de Angola– Malanje, Huambo e Bié. Conclui-se
que apesar da abordagem de Escola de Campo se mostrar promissora para o contexto
angolano, ela apresenta algumas limitações ligadas às condições políticas, econômicas,
sociais, culturais, históricas de Angola.
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