Avaliação do papel do receptor para tromboxanos (TP) durante a epileptogênese
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Data
2020-03-05Primeiro membro da banca
Calcagnotto, Maria Elisa
Segundo membro da banca
Martins, Juliana Saibt
Metadata
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O status epilepticus convulsivo (SE) é uma condição de emergência médica que pode levar a ao desenvolvimento de epilepsia, danos cerebrais permanentes e morte. Sabe-se que existe uma forte ligação entre epilepsia e inflamação. Por exemplo, foi demonstrado que pacientes epilépticos possuem maior conteúdo cerebral de tromboxano A2 (TXA2) quando comparados à indivíduos saudáveis. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o papel do receptor TP, através do uso do seu antagonista (SQ 29,548) após o SE, através de análises comportamentais, histológicas e bioquímicas. Camundongos C57BL/6 machos foram submetidos ao protocolo de indução do SE pelo método da pilocarpina. Após 90 min e 24h do fim do SE os animais receberam duas doses do antagonista SQ 29,548 ou veículo por via intracerebroventricular (2 uL ou 26 nmol/dose) e foram avaliados quanto a função neuromotora por meio do teste de neuroscore. A astrocitose e morte neuronal foram avaliadas pela marcação imunohistoquímica de GFAP e coloração de Fluoro Jade C, respectivamente. A análise estatística mostrou a presença de dois grupos distintos, responsivos e não responsivos ao antagonista TP. Os animais responsivos tiveram um desempenho melhor no teste do neuroscore, menos células positivas para Fluoro-Jade ou GFAP no hipocampo, quando comparados com animais submetidos ao SE e tratados com veículo. Os resultados mostraram que o tratamento com SQ 29,548 melhora danos neuromotores, a morte neuronal e astrocitose provocada pelo SE. Esses efeitos neuroprotetores sugerem que o receptor TP pode ser um possível novo alvo para o tratamento do SE e prevenção das suas consequências.
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