Avaliação dos efeitos de curcumina e silimarina sobre a toxicidade induzida por micotoxinas in vitro e in vivo
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Data
2020-10-08Primeiro membro da banca
Loreto, Érico Silva de
Segundo membro da banca
Leal, Daniela Bitencourt Rosa
Terceiro membro da banca
Denardi, Laura Bedin
Quarto membro da banca
Bauermann, Liliane de Freitas
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos e representam uma
preocupação mundial devido à sua distribuição global e aos efeitos prejudiciais causados pela sua
ingestão. Esse problema se apresenta em sua forma mais dramática nos animais de produção,
especialmente os suínos, que são considerados os animais de produção mais sensíveis aos efeitos das
micotoxinas. Dessa forma, as micotoxinas têm se mostrado um grave problema econômico, sendo
fundamental elucidar seus mecanismos toxicológicos e buscar alternativas que minimizem os danos
por elas causados. Nesse sentido, têm-se demonstrado que compostos fenólicos e outros antioxidantes
têm a capacidade de proteger e até mesmo neutralizar os danos causados por várias substâncias
tóxicas, incluindo as micotoxinas. A curcumina e a silimarina são dois polifenóis conhecidos por sua
forte atividade antioxidante extraídos das plantas Curcuma longa e Silybum marianum,
respectivamente. Neste contexto, este estudo teve por objetivos: a) avaliar a toxicidade da ocratoxina
A (OTA) em células mononucleares do sangue periférico de suínos e células de rim suíno da linhagem
PK-15 através da avaliação da viabilidade celular, estresse oxidativo e atividade mitocondrial; b)
avaliar o efeito protetor do pré-tratamento de curcumina e silimarina sobre células renais da linhagem
PK-15 de suínos in vitro sobre a toxicidade induzida por OTA, fumonisina B1 (FB1) e deoxinivalenol
(DON), por meio da avaliação de viabilidade celular, estresse oxidativo e apoptose; e c) investigar o
efeito do pré-tratamento com curcumina e silimarina na prevenção da toxicidade aguda causada por
FB1 e OTA sobre o estresse oxidativo hepático e renal, bem como sobre biomarcadores sorológicos de
função hepática e renal em camundongos in vivo. Foi observado que os efeitos tóxicos da OTA em
células PK-15 e PBMCs suínas são bastante semelhantes, onde a exposição à OTA causa perda de
viabilidade celular, aumenta o estresse oxidativo e causa inibição das enzimas superóxido dismutase e
catalase, além de causar disfunção mitocondrial, inibindo o complexo I da cadeia transportadora de
elétrons. O pré-tratamento com curcumina e silimarina se mostrou eficiente em proteger as células
PK-15 de danos causados pelas micotoxinas; curcumina diminuiu a perda de viabilidade celular
induzida por OTA, FB1 e DON; inibiu a formação de espécies reativas de oxigênio desencadeadas por
FB1 e DON e diminuiu a apoptose em células expostas a DON. Já o pré-tratamento das células com
silimarina diminuiu a perda de viabilidade celular induzida por OTA, FB1 e DON; inibiu a formação
de espécies reativas de oxigênio desencadeadas por FB1 e DON e diminuiu a apoptose em células
expostas a FB1 e DON. Na avaliação do efeito protetor de curcumina e silimarina sobre a toxicidade
hepática e renal causada por OTA e FB1 em camundongos, foi observado que ambos os compostos,
tanto quando administrados isolados, como em combinação, foram capazes de mitigar os efeitos
deletérios causados pelas micotoxinas, promovendo melhora na função hepática e renal e prevenindo o
estresse oxidativo, além de evitarem dano tubular renal e necrose de hepatócitos causada pela
exposição às micotoxinas OTA e FB1. De maneira geral, os resultados deste estudo demonstraram que
tanto a curcumina como a silimarina proporcionaram proteção contra os efeitos deletérios causados
pela exposição à micotoxinas.
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