Produção de polietileno furanoato a partir do diéster metílico do ácido 2,5-furanodicarboxílico derivado do xarope de glicose
Fecha
2022-02-09Autor
Pivotto, Emanuele Maria
Marin, Isabel Lorenza da Silva
Seibel, Jeferson
Boeira, Matheus Foletto
Trentin, Roberta dos Santos
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O polietileno furanoato (PEF) é uma alternativa na busca de soluções que substituam polímeros derivados de fontes fósseis, auxiliando na redução da emissão dos gases do efeito estufa. Por esse viés, o presente trabalho visa projetar uma planta industrial para a produção do PEF a partir do xarope de glicose, proveniente do milho, analisando-se a melhor rota de produção e comercialização. Em competição direta com o mercado do polietileno tereftalato (PET), o mercado do PEF ainda é pouco desenvolvido. Estudos apontam um desenvolvimento projetado expressivo: avaliado em US$ 27,1 milhões em 2019, tem perspectiva de crescimento com a taxa composta anual de 6,6% entre 2020 a 2027. Isso se justifica pelo melhor desempenho do PEF em relação ao PET quanto às propriedades de barreira, fator importante para o envase de bebidas carbonatadas. Estimou-se uma capacidade de produção de aproximadamente 10.000 toneladas por ano de polietileno furanoato, com as seguintes etapas do processo: isomerização da glicose em frutose e purificação da mesma (99,5% m/m); desidratação da frutose
em 5-metoximetilfurfural (MMF) e 5-hidroximetilfurfural (HMF); posterior oxidação desses compostos em ácido 2,5-furandicarboxílico (FDCA) e esterificação para o éster dimetílico do ácido 2,5-furadocarboxílico (DMFD) e; reações de transesterificação com monoetileno glicol (MEG) e policondensação para a formação do PEF. A partir do levantamento de custos de implementação, operacionais e receitas, foi realizada uma análise econômica, na qual observou-se um retorno financeiro a partir de cerca de 9 anos de instalação do empreendimento, considerando o fluxo de caixa líquido sem descontos, que retorna um valor presente líquido (VPL) de, aproximadamente, US$ 218 mi. Considerando-se o fluxo descontado, com uma taxa de 8,2% anuais, obtém-se um VPL de cerca de US$ 27 mi. Com taxa interna de retorno (TIR) de 11,2%, a alternativa deste empreendimento não traz grandes vantagens competitivas, mesmo perante investimentos que remunerem com base na Selic, portanto, faz-se necessária a realização de estudos futuros para geração de maior margem de receita.
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