Masculinidades, (im)potência e medicalização nos discursos dos profissionais de saúde
Fecha
2021-09-30Primeiro coorientador
Vieira, Carolina Leticia Zilli
Primeiro membro da banca
Pizzinato, Adolfo
Segundo membro da banca
Witter, Nikelen Acosta
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Em 1998, nos Estados Unidos, foi aprovada a primeira pílula para tratamento de disfunções eréteis, o Viagra®. Desde então, a repercussão desse medicamento tem sido expressiva, tanto na maneira como pensamos o sexo e a sexualidade, como nas relações de homens e mulheres. Nesse sentido, esta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar de que forma os discursos de profissionais de saúde sobre as masculinidades e impotência sexual se imprimem nas práticas de medicalização da sexualidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que os participantes são profissionais de saúde selecionados mediante a técnica de Bola de Neve (Snowball). Esses participantes foram submetidos a um questionário sociodemográfico, à Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP - Carta de Marear) e à entrevista semiestruturada, todas as etapas aconteceram via on-line. A interpretação das informações foi enquadrada por meio da Teoria das Representações Sociais, da Teoria da Medicalização e dos Estudos de Gênero, sobretudo da Teoria de Masculinidade. Para análise das informações, seguimos a análise de conteúdo, classificando os resultados em categorias semânticas. Compreendemos o saber como uma construção do sujeito indissociada do social e das relações com os outros e os objetos. Dessa forma, os entendimentos dos profissionais de saúde são compelidos pelas representações sociais de masculinidade acarretando a medicalização da sexualidade. Concluímos que o valor das crenças e dos preceitos culturalmente construídos no intercâmbio comunicacional cotidiano sobre masculinidade e ser homem implica na impotência sexual e na medicalização da sexualidade.
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