Patossistema Colletotrichum spp. x Carya illinoinensis, caracterização e controle
Fecha
2022-02-17Primeiro membro da banca
Dantas, Adriana Cibele de Mesquita
Segundo membro da banca
Maciel, Caciara Gonzatto
Terceiro membro da banca
Ludwig, Juliane
Quarto membro da banca
Stefenon, Valdir Marcos
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A nogueira-pecã (Carya illinoinensis) é uma importante espécie cultivada comercialmente em vários países do mundo. Há mais de 100 anos, cultivares norte americanas foram introduzidas no sul do Brasil. Desde essa introdução, os agricultores familiares realizam o cultivo, a propagação e a seleção dessas cultivares, assim como, plantas de origem seminal, baseando-se em características morfo-agronômicas. Desse processo, originaram-se vários outros genótipos, regionalmente adaptados e com potencial produtivo. Neste contexto, o recente aumento das áreas de cultivo incrementou a ocorrência de doenças, como a antracnose, demandando urgentemente por ferramentas de controle fitossanitário eficientes e seguras. O objetivo desse estudo foi caracterizar o patossistema Colletotrichum spp. x nogueira-pecã, realizar a caracterização morfométrica, química e genética de genótipos de nogueira-pecã, bem como, buscar ferramentas de controle para a doença, através de fontes de resistência genética e a seleção de agentes de biocontrole à Colletotrichum spp. Para a caracterização do patossistema Colletotrichum spp. x nogueira-pecã utilizou-se abordagens morfológicas, moleculares e patogênicas, para caracterizar espécies de Colletotrichum, com base em 68 isolados associados à frutos sintomáticos, coletados no Estado do Rio Grande do Sul. A diversidade genética das plantas de nogueira-pecã foi caracterizada por métodos morfométricos, químicos e análises genético-moleculares com base em 60 genótipos de nogueira-pecã. Os testes de sensibilidade foram realizados em 18 genótipos, por meio da inoculação de frutos e folíolos com três espécies de Colletotrichum, em condições controladas. Marcadores moleculares microssatélites foram utilizados para estimar a diversidade e comparar os genótipos de acordo com a resistência à Colletotrichum spp. O teste de biocontrole foi realizado utilizando seis espécies do antagonista Trichoderma spp. e cinco espécies do patógeno Colletotrichum spp. O potencial antagonista foi avaliado pela inibição do crescimento micelial dos patógenos. Foram identificadas seis espécies associadas à antracnose da nogueira-pecã: C. nymphaeae, C. fioriniae, C. gloeosporioides, C. siamense, C. kahawae e C. karstii, as quais apresentaram diferentes respostas de agressividades em frutos e folíolos de nogueira-pecã. A diversidade genética dos genótipos de nogueira-pecã foi moderada a alta, podendo servir como fonte de germoplasma para o melhoramento da cultura. No teste de sensibilidade, a antracnose se manifestou mais severamente nos frutos em relação aos folíolos. Os genótipos 63, 47, 29 e 56 apresentaram alta resistência a antracnose. Não houve correlação entre marcadores microssatélites e a resistência à Colletotrichum spp., porém foi observada moderada a alta diversidade genética. No teste de biocontrole, as espécies T. virens e T. tomentosum apresentaram maior potencial antagonista à Colletotrichum spp. Os resultados deste estudo contribuem para elucidação do patossistema Colletotrichum spp. x nogueira-pecã, bem como, trazem subsídios para o desenvolvimento de futuros estudos envolvendo melhoramento e controle da antracnose na cultura.
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