Aplicação de filtros contendo biossorventes no tratamento de um efluente de telhado verde extensivo
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Date
2021-09-28Primeiro coorientador
Georgin, Jordana
Primeiro membro da banca
Oliveira, Jivago Schumacher de
Segundo membro da banca
Decezaro, Samara Terezinha
Metadata
Show full item recordAbstract
Os telhados verdes (TV) são soluções que contribuem para o controle do escoamento pluvial em áreas urbanas, aliviando as demandas por novas obras de drenagem pluvial, além de melhorar o conforto térmico e acústico. Entretanto, existem poucas pesquisas relacionadas à qualidade da água escoada de telhados verdes, em especial no Brasil. Neste sentido, esta pesquisa visa avaliar a qualidade da água escoada de um telhado verde extensivo bem como o tratamento por meio de filtros com diferentes composições, visando atender as exigências legais para diferentes usos. O estudo foi constituído por duas fases, sendo que na primeira a água escoada do telhado verde passava por quatro filtros em paralelo, o primeiro composto por areia, brita, casca de amendoim (Arachishypogaea L.) utilizado como adsorvente, e sementes de moringa (Moringa Oleifera), estas utilizadas como coagulante natural. Na segunda etapa a água escoada passou pelos filtros em série, resultando em apenas uma amostra com a adição do carbonato de sódio, utilizado como corretor de pH. Para a análise qualitativa da água escoada (bruta) e da água após tratamento, foram analisados os parâmetros físicos (turbidez, cor, condutividade elétrica, sólidos e temperatura), químicos (pH, fosfato, nitrato, nitrito, cloreto e sulfatos) e microbiológicos (coliformes totais e E. coli), vigentes para uso potável ou não da água. Os resultados apontaram que o TV atuou como fonte de cor, turbidez, sólidos, condutividade elétrica, coliformes totais, E. coli e nitrito. Entretanto, a utilização dos filtros de forma contínua, juntamente com a correção de pH e desinfecção da água, apresentou melhora de alguns parâmetros como cor, sólidos, pH e nitrito, não detectando a presença de microrganismos. Comparando os resultados encontrados com as legislações vigentes de potabilidade da água, observou-se que as águas após as duas etapas de tratamento, apresentaram características para usos não potáveis, segundo a ABNT NBR 15527/2019. Com relação a eficiência dos tratamentos utilizados, a segunda fase apresentou eficiência de 98,3% para cor, 98,2 % para sólidos e 100% para coliformes totais e E. coli, se comparado a água bruta. Portanto, para uma melhor qualidade da água escoada e eficiência na utilização de filtros pós TV, sugere-se estudos a longo prazo quanto a configuração dos filtros e o uso de diferentes biossorventes.
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